Índice deste artigo:
Que profissional deve ser procurado para a prática da musicoterapia?
Deve-se procurar por um musicoterapeuta qualificado, formado em algum curso de graduação (faculdade) de musicoterapia. Somente ele estará habilitado para lidar de forma adequada com os elementos terapêuticos do som e da música. Cientificamente já foi comprovado que os seus efeitos tanto podem ser positivos quanto negativos se, no último caso, forem usados levianamente.
É correto afirmar que a musicoterapia tem o poder de curar doenças e promover o bem-estar?
As técnicas musicoterápicas, desde que aplicadas por um profissional consciente, conseguem trabalhar o potencial criativo sonoro-musical das pessoas, potencial este inerente a todo ser humano. Entretanto, o som como terapia não é milagroso, como não o é em qualquer outra terapia. O bem-estar é condição sine qua non para que qualquer ciência paramédica possa surtir efeitos positivos.
Como incluir a música no dia a dia pode influenciar o indivíduo? Pessoas que ouvem música normalmente, sem a técnica da musicoterapia, vivem de forma diferente?
A música pode e deve ser incluída no dia a dia das pessoas, desde que não haja exageros, isto é, desde que se pratique o bom-senso; tudo o que é demais causa danos à saúde, além de que a forma como é explorada, como, por exemplo, em intensidades muito fortes, pode lesar células nervosas ciliadas, causando surdez ou diminuição da acuidade auditiva. O que se recomenda é uma higienização do que se ouve no sentido de que aquela audição seja transformada em “escuta”, ou seja, que o estímulo sonoro seja processado mentalmente para que dele sejam extraídos benefícios ao cérebro e ao comportamento. A farmacopeia musical é coisa do passado e, hoje, com estudos, sabemos dar relevância à história de cada um, o que significa que o ISO (identidade sonora) do indivíduo deve ser resgatado e realimentado constantemente com escutas positivas para ele, que não necessariamente serão positivas para outros indivíduos.
O trabalho de musicoterapia feito com adultos e crianças é diferente? E com os deficientes?
Sim, claro, com em qualquer outra terapia. Os planos de ação musicoterápica são realizados individualmente e/ou grupalmente, visando minimizar sintomas e tratar as necessidades, dentro das limitações das doenças. A diferença da musicoterapia para outras terapias está no objeto de estudo sonoro-musical que compõe o homem. Os procedimentos são terapêuticos, dependendo dos objetivos a serem alcançados.
Profa. Maristela Smith possui mestrado em Psicologia Social pela Universidade São Marcos, graduação em Musicoterapia - Conservatório Brasileiro de Música - Centro Universitário e graduação em Educação Artística pela Faculdade Marcelo Tupinambá. Atua como coordenadora, pesquisadora e docente do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas. http://www.maristelasmith.com.br/
- << Ant
- Próx