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Por dentro do percurso
O orgasmo tem quatro fases:
1. Desejo
Nesta fase não há modificações físicas, mas psicológicas e emocionais. Fatores como beleza, atitude e personalidade são analisados e valorizados, determinando o grau de interesse pelo parceiro.
2. Excitação
Aqui ocorrem os primeiros sinais da estimulação sexual, como a lubrificação da vagina e o alongamento do canal vaginal, ereção dos mamilos, aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. É nesta fase que o corpo da mulher se prepara para o ato sexual.
3. Orgasmo
As evidências fisiológicas do orgasmo são as contrações rítmicas da vagina e da musculatura do períneo – características comuns a todas as mulheres. O que varia de pessoa para pessoa é como o orgasmo é sentido: algumas o experimentam de forma suave, outras intensamente. Há ainda quem chore, as que têm crise de risos, quem grite, quem fique em silêncio.
4. Resolução
Depois do orgasmo, inicia-se um processo de redução da congestão vascular e a liberação das tensões musculares, até que o organismo volte ao estado de antes da estimulação.
Crendices e mitos, durante muito tempo, fizeram com que as mulheres tivessem um comportamento de submissão frente aos homens, pois se acreditava que: o sexo deve ser algo natural, não necessitando aprendizado; cabe aos homens a responsabilidade de ensinar as mulheres; orgasmo normal vem da relação penetração pênis/vagina; orgasmo só é bom se for sentido a dois e ao mesmo tempo ou, ainda, sexo é mais importante para os homens do que para as mulheres.
Tais colocações foram aos poucos sendo substituídas por realidades sem cobranças ou exigências, deixando a mulher com mais opções para o exercício da sexualidade. A melhor compressão pelos estudiosos da curva sexual feminina liberou a mulher da obrigatoriedade do orgasmo, fazendo então do sexo um prazer e não uma obrigação ou mesmo uma simulação para agradar ao parceiro.
A libido da mulher, diferentemente do homem, pode ser estimulada a partir de qualquer um dos seus sentidos – olfato, audição, visão, paladar e tato –, portanto, estando mais propensa durante sua vida a desenvolver um comportamento sexual mais frutífero, usufruindo, quando livre de tabus ou preconceitos, de uma vivência sexual plena de satisfação e prazer.
Dr. Amaury Mendes Junior é médico ginecologista, sexólogo e possui pós-graduação em terapia sexual. Desenvolve pesquisas na área de sexualidade humana. http://www.amaurysexologo.med.br
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