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O apetite sexual faz parte da característica de nossa personalidade, podendo ser desenvolvido ou reprimido dependendo do ambiente de criação. A família e a sociedade influem fortemente na pulsão sexual latente em nossos corpos, possibilitando ou não uma vivência plena da sexualidade. Uma vez experimentado o prazer proporcionado pelo sexo, somente em caso de graves transtornos a mulher esquece ou recusa esse instinto natural.
Saindo da Inquisição, onde mulheres que tinham orgasmo eram consideradas bruxas e queimadas em praça pública, passamos à época Vitoriana, período de grande repressão sexual no qual a mulher que tinha prazer era considerada pervertida. Até o início do século XX, acreditava-se que a masturbação causava epilepsia.
Freud dizia que o orgasmo clitoriano era próprio da mulher imatura, e somente o vaginal correspondia à plenitude feminina. Após o advento da pílula anticoncepcional, o sexo deixou de ter uma conotação puramente reprodutiva, ocorrendo uma liberação dos costumes, em que ter filhos seria uma opção na relação do casal. Porém, se antes a mulher não conhecia a possibilidade do orgasmo, não tê-lo, poderia, nos tempos de hoje, significar doença.
A mídia e a sociedade praticamente intimavam-na a um desempenho sexual ativo. Não se sabia qual caminho seguir para a felicidade sexual do par, tendo o mito do orgasmo simultâneo, causando ansiedade em muitos casais. Com os estudos mostrando a possibilidade de orgasmos múltiplos somente em algumas mulheres, a busca pelo prazer obrigatório lotou consultórios de sexólogos.
Existe uma forte pressão exercida por setores de nossa sociedade para que o sexo seja visto como puro e simplesmente com finalidades reprodutivas, quando sabemos não existir comparação entre o apetite do prazer sexual com o número de gravidezes que a mulher tem ao longo da vida, pois ela usa seu sexo algumas vezes para se reproduzir e muito mais para exercer um papel erótico.
- Ant
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