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Ter filhos é o sonho de muitos casais, porém nem todos conseguem. Segundo o Dr. Renato Tomioka, ginecologista e obstetra, a estimativa é que cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva sejam inférteis. Existem diversas enfermidades que causam infertilidade e é necessário investigá-las para chegar ao diagnóstico preciso e tratamento personalizado. Em cerca de 40% das vezes o fator de infertilidade está na mulher, 30% no homem, 20% em ambos e em 10% a causa não fica evidente. Para a mulher, são solicitados exames hormonais com o objetivo de detectar possíveis alterações que dificultam a ovulação, por exemplo, exames de imagem para avaliar o útero (como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética) e as tubas (como a histerossalpingografia), quando necessário. O exame básico para o homem é o espermograma, nada mais que a análise do sêmen, principalmente para avaliar a quantidade e qualidade dos espermatozoides.

Acompanhe a entrevista do especialista e saiba mais sobre o assunto:

 

Quando procurar um especialista?

Todo casal que não consegue engravidar após 1 ano de relações sexuais, sem uso de métodos contraceptivos, evidentemente, deve buscar ajuda especializada. Geralmente há algum fator de infertilidade passível de tratamento. Quando a mulher tem 35 anos de idade ou mais, a investigação deve ser iniciada após 6 meses de insucesso. Claro que, quando há suspeita de alteração inicial, como endometriose e menstruações irregulares, o casal não precisa esperar 6 ou 12 meses para buscar assistência médica.

 

Qual a diferença entre infertilidade e esterilidade?

Por definição, infertilidade é a dificuldade de engravidar após 12 meses de relações sexuais desprotegidas. Na maioria das vezes, os casais inférteis atingem o sonho de ter um filho após tratamento adequado com as técnicas da Medicina Reprodutiva. Ao contrário, a esterilidade é uma condição definitiva e irreversível, sendo o casal incapaz de gerar um filho naturalmente. Vamos aos exemplos: a síndrome dos ovários policísticos é uma causa de infertilidade, pois a mulher não ovula. Porém, com medicamentos, muitas conseguem engravidar. Já a azoospermia (ausência de espermatozoides do sêmen) impossibilita a gestação natural. É, portanto, uma causa de esterilidade. Na prática, os termos são muito parecidos, já que os tratamentos atuais permitem tanto casais inférteis como estéreis engravidarem.

 

A infertilidade é comum? E a esterilidade? O senhor teria dados atuais sobre o assunto?

O termo infertilidade é utilizado com mais frequência no nosso meio e acaba englobando as causas de esterilidade, sendo difícil estratificar as prevalências em cada grupo. Estima-se hoje que cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva sejam inférteis.

 

Como diagnosticar em um homem?

Obtemos diversas informações importantes com o espermograma. Quando há alguma alteração, o exame físico especializado feito por um urologista é imperioso para palpar os órgãos genitais e identificar possíveis doenças. Em alguns casos, solicitamos hormônios, ultrassonografia de bolsa testicular e até exames de urina para chegarmos a um diagnóstico e tratamento específico.

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