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Mulheres também podem sofrer de disfunção erétil

As mulheres diabéticas também sofrem de disfunção erétil, mas, como é algo pouco evidente e culturalmente pouco aceito, é difícil estimar a real porcentagem de mulheres com queixas sexuais. "Um exemplo disso é uma mulher diabética que sofre com perda da lubrificação. Muitas vezes ela aceita a penetração, mesmo com desconforto, para satisfazer o esposo", explica a fisioterapeuta.

Quando uma paciente com diabetes tipo II, que apareceu próximo dos 50 anos de idade, é avaliada, deve-se considerar também que é nessa idade que surgem os primeiros sinais da menopausa, e a falta dos hormônios produzidos pelos ovários é um fator agravante dos sintomas de disfunções sexuais.

Nas mulheres ocorre desejo sexual hipoativo (DSH), que é a falta de vontade de ter relação, alterações de lubrificação ou secura vaginal e alterações do orgasmo. Os próprios nomes das disfunções já indicam os sintomas que surgem, mas podem ocorrer sangramentos decorrentes do atrito com o pênis. O desejo sexual depende da satisfação com o relacionamento e da satisfação sexual. Se o relacionamento em geral está ruim, haverá um impacto negativo na vida sexual. E se as relações sexuais são desconfortáveis ou dolorosas, podem surgir espasmos dos músculos vaginais, evoluindo para uma condição conhecida como vaginismo.

O tratamento, segundo a fisioterapeuta, deve ser multiprofissional, associando acompanhamento por fisioterapeuta, endocrinologista, ginecologista, psicólogo e nutricionista. A fisioterapia especializada pode trazer mais sensibilidade e lubrificação vaginal pelo uso de equipamentos específicos, como eletroestimulação e biofeedback. A adequação do tônus dos músculos vaginais irá trazer mais satisfação com a vida sexual, e isso estimula o desejo sexual. "É possível ser saudável com o diabetes, e boa saúde geral significa boa performance sexual", finaliza ela.

 

 

Ana Luiza Reis é fisioterapeuta graduada pela Universidade Tuiuti do Paraná. Especialista em fisioterapia em cancerologia pela Liga Paranaense de Combate ao Câncer. Especialista em Disfunções do Assoalho Pélvico pela Unifesp – EPM. Mestranda em Cirurgia/Urologia pela Unicamp.

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