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Apetite sexual, desejo, impulso e interesse sexual são alguns dos muitos termos utilizados como sinônimos de libido, palavra latina que significa desejo, usada inicialmente por Sigmund Freud em Três ensaios sobre a sexualidade humana (1905), indicando a energia que compõe a parte psíquica do interesse sexual. Posteriormente, a libido foi definida em sentido mais amplo, como a energia psíquica despertada por tudo que é “apetitoso”, não necessariamente no âmbito sexual. Na literatura mais recente, libido é novamente utilizada com significado de apetite sexual e definição bastante aceita é a seguinte: “estado mental ativado, insatisfeito, de intensidade variável, criado por estímulos externos (via sensorial como visão, tato, olfato, audição e paladar) e/ou internos (fantasia, memória, cognição), que induzem a sentimento de necessidade ou “a vontade de tomar parte de atividade sexual, geralmente com o objeto de desejo (pessoa amada ou admirada), para satisfazer tal necessidade”.

A fase do desejo é o mais complexo componente do ciclo de resposta sexual, podendo ser inibida por raiva, excesso de preocupação, imagem corporal e autoestima abaladas, além de vários medicamentos e drogas de abuso, ou estimulado pelo toque, imagens visuais, fantasias, beijo, abraço, sensação de comprometimento e elogios.

A maioria das pessoas descreve a libido como algo indispensável à vida e não se manifesta sem esforço contínuo, ou seja, ser agradável ao parceiro é imprescindível para despertar e manter a libido (de ambos) gerando um círculo virtuoso de dar e receber estímulos libidinosos, isso não se restringe ao ato sexual e sim, a convivência global. Para estimular e manter a libido de seu parceiro é necessário que desde o acordar até o ato sexual consumado haja estímulos diretos e indiretos, isso quer dizer que torpedos pelo celular, beijo de bom dia, elogios às características do parceiro fazem parte das preliminares da libido; outra arma importante é o abraço, o afago, o toque, seja o simples andar de mãos dadas até as carícias mais íntimas, influenciam na libido e na manutenção deste.

Assim, qualquer alteração da libido (desejo sexual) deve ser investigada o mais rápido possível, isso quer dizer que se seu desejo sexual não é o mesmo que há três meses, isso não é normal, doenças cardíacas e endócrinas podem ter como primeira manifestação a alteração da libido, uso de medicações antihipertensivas e antidepressivas também podem atrapalhar a sexualidade, até mesmo aquela dívida no banco ou as notas baixas de seu filho podem influenciar sua libido, descobrir a causa do problema é 50% do tratamento.

 


Franciele Minotto - Ginecologia e Terapia Sexual, CRM/SP 114.122. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. / Fone: 11 8556-6468

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