Índice deste artigo:

Sexóloga debate dúvidas e fala sobre a evolução da sexualidade

Falar sobre sexualidade de forma completa e simples, ao mesmo tempo, parece uma tarefa árdua. Isso não acontece com a sexóloga e psicóloga Carla Cecarello, que trabalha há vinte anos na profissão e é uma das maiores especialistas do assunto no Brasil. A especialista trata o tema em diversos meios de comunicação, como internet, revistas e televisão, sem papas na língua e com a intenção de tornar claras desde as dúvidas mais básicas, como o que é sexo oral, até perguntas complexas, como a influência do diabetes na vida sexual.

Fundou e coordena o Projeto Ambsex, que surgiu em 2003 com a finalidade de orientar e informar pessoas, tanto homens como mulheres, sobre suas dúvidas e dificuldades sexuais, proporcionando atendimento médico e psicológico, com profissionais especialistas em sexualidade. Através de eventos, atendimentos personalizados, cursos e palestras, o projeto já atendeu mais de 1.000 pessoas.

Segundo a sexóloga, em eventos abertos que o Ambsex promove, ainda há muitas dúvidas ligadas aos mitos sexuais. “Tem muita gente que faz uma pergunta muitas vezes bem básica. Assim, eu acabo vendo que o nível de informação das pessoas sobre sexualidade é muito baixo.” Ela afirma que analisa esse quadro pelo nível social das pessoas e que muitas delas podem ter aprendido o que acham ser correto aos trancos e barrancos. “Além de passar a informação real para a pessoa, indico que a mesma procure um médico de confiança, nos casos de palestras e outros eventos que fazemos. Quando atendo na clínica, é diferente, dou acompanhamento geral ao paciente”, complementa.

Ao longo dos anos que trabalha com o tema, Carla diz que a sexualidade evoluiu muito com o tempo. “Quando eu comecei a trabalhar com sexualidade, na minha área, que é psicologia, só trabalhávamos aplicando as técnicas da terapia sexual. Hoje você trabalha psicoterapia associando remédios, graças também aos estudos, e acaba conseguindo um tratamento muito mais rápido. Já tem meios de tratamento para a ejaculação precoce, podendo ser trabalhado isso em conjunto com a psicoterapia.” Outro fato importante que a sexóloga cita como um ganho na evolução sexual é que as mulheres passaram a valorizar mais as suas questões sexuais e, com isso, o sexo passou a ser algo extremamente importante para a qualidade de vida – sendo reconhecido pela Organização Mundial da Saúde – e é um problema que deve ser discutido e tratado como do casal. “Aumentaram as possibilidades de você educar mais as pessoas sobre isso, as pessoas já estão mais abertas a querer ouvir as coisas, não têm tanto preconceito.”

Aproveitamos o bate-papo exclusivo com a sexóloga para debater algumas dúvidas constantes.

Publicidade