Índice deste artigo:

Comparação de métodos

Em uso correto e em todas as relações sexuais, cerca de 4 gravidezes podem ocorrer para cada 100 mulheres cujos parceiros usam o coito interrompido no primeiro ano, eficácia bem próxima à eficácia dos preservativos masculino e feminino.

Confira a tabela, que apresenta a taxa de gravidez/100 mulheres nos primeiros 12 meses de uso correto e consistente, de acordo com o manual do Ministério da Saúde sobre Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva, publicado em 2010, e de acordo com o manual da Organização Mundial da Saúde sobre Planejamento Familiar, publicado em 2007.

Método anticoncepcional Taxa de gravidez
Antoconcepcionais Orais Combinados de baixa dose (AOC) 0,3
Pílulas só de Progestógeno (PP) 0,3
Anticoncepcionais Injetáveis Combinados (AIC) 0,05
Injetáveis Exclusivos de Progestógeno (AIP) 0,3
Dispositivo Intrauterino (DIU) 0,6
Diagrafma (D) 6
Espermicida (E) 18
Preservativo masculino (P) 2
Preservativo feminino (P) 5
Ogino-Knaus ou tabela 1-9
Billings ou Muco cervical   1-3 
 Temperatura basal corporal
Coito interrompido (CI)
Laqueadura tubária (LT) 0,5 
Vasectomia (VAS)  0,1 
Nenhum método 85 

Em comparação com outros métodos, o coito interrompido possui como vantagem o seu não custo, a não exigência de dispositivo ou produto químico e a sua disponibilidade em qualquer ocasião, desde que o homem esteja motivado a praticá-lo. Além disso, ele é uma importante opção anticonceptiva para os casais que têm motivos religiosos ou filosóficos que não os permitem utilizar outros métodos.

"Outra indicação do coito interrompido encontrada na literatura seria para casais em que a mulher apresenta hipersensibilidade ao plasma seminal do parceiro e quando a mulher apresenta sinais de alergia, como ardor vaginal recorrente, edema e prurido, que ocorriam em torno de 10 minutos após o coito", destaca Danielle.

 

 

Dra. Danielle Rosa Evangelista é enfermeira formada pela Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Especialista em Enfermagem Obstétrica pela Universidade Estadual do Ceará. Possui Mestrado e Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente é professora efetiva do curso de Graduação de Enfermagem na disciplina Saúde Sexual e Ciclo Reprodutivo da Mulher, e do curso de Mestrado em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Tocantins. Filiada ao Conselho Regional de Enfermagem do Estado do Ceará – COREN – sob o nº 178.446.

Publicidade