Excesso de exercícios e sedentarismo trazem prejuízos na gestação, segundo professora

Recomendações

O período da gestação não deveria ser um motivo para começar um programa de exercício físico, já que ele precisa fazer parte do estilo de vida de todos. Porém, a mulher sedentária que engravida e sente a motivação para começar a realizar atividade física pode ser adequadamente orientada a procurar atividades confortáveis, com progressão de leve a moderada e que promovam o prazer.

"Diversos tipos de exercícios são recomendáveis, dependendo da preferência da mulher. Excluindo as atividades citadas anteriormente, as demais podem ser realizadas. Atividades no meio líquido devem ter controle de temperatura e tratamento da água, pois o risco de infecção do trato urinário é elevado e implica em risco à gestação", alerta Monica.

As atividades aeróbicas devem ser escolhidas considerando a diminuição do risco de perda de equilíbrio e de trauma fetal. Além disso, períodos de aquecimento e volta à calma devem fazer parte das sessões.

Sobre o tempo de gestação limite para a prática de atividades físicas, a professora ressalta que deve ser respeitada a percepção subjetiva da mulher, tanto relacionada à continuidade quanto à intensidade. As mulheres que estiverem sentindo-se dispostas e sem dores ou incômodos podem manter a atividade física até o final da gestação. Já a adequação da carga e a intensidade devem respeitar o aumento do peso, enquanto as atividades no meio líquido reduzem o impacto e podem facilitar a manutenção da prática.

Dra. Monica Yuri Takito é bacharel e licenciada em Educação Física pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE-USP). Mestrado e Doutorado em Saúde Pública na área de Nutrição. Filiada ao Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo – CREF. Atualmente docente da EEFE-USP.