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Por outro lado, quais são os riscos que envolvem essa prática?

Os riscos do parto domiciliar se relacionam a alguma falha nos pontos cruciais do processo:

1. Seleção da mulher que pode vivenciar o parto domiciliar: esta não deve ter nenhum problema de saúde que se associe direta ou indiretamente à gravidez;

2. Seguimento pré-natal: durante a gestação as condições de saúde, materna e fetal, devem ser constantemente reavaliadas, abrangendo as questões emocionais;

3. Planejamento do parto: inclui as condições da casa e da família, a previsão de transporte para a mãe e o bebê numa necessidade de transferência para um hospital, a previsão do percurso a ser percorrido até o hospital escolhido como referência para esta situação;

4. Disponibilidade de profissionais habilitados ao atendimento.

 

Os partos domiciliares têm crescido nos últimos anos ou existe alguma restrição por parte das mães nesse sentido?

A quantidade de partos domiciliares vem crescendo nos últimos anos. A circulação das notícias e depoimentos sobre partos bem-sucedidos nas redes sociais e sites da internet colabora. Observa-se também o destaque dado pelos meios de comunicação para as histórias dos partos domiciliares de pessoas de expressão no meio social e artístico.

Outro fator de ampliação do número de nascimentos planejados para ocorrerem em seus lares é o aumento de profissionais habilitados ao acompanhamento das mulheres em trabalho de parto, como as doulas.

Devemos considerar também o significativo aumento do número de especialistas em Enfermagem Obstétrica e graduados em Obstetrícia, além de médicos obstetras que participam das equipes de atendimento ao parto domiciliar planejado.



Dra. Marcele Zveiter é enfermeira obstétrica graduada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e psicóloga pelas Faculdades Integradas Maria Thereza (FAMATH); Mestre em Saúde da Criança e da Mulher pelo Instituto Fernandes Figueira/Fiocruz e Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Professora da Universidade Veiga de Almeida (UVA) e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), também acompanha mulheres durante a gestação, parto e puerpério, tanto em suas residências quanto em ambientes hospitalares.

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