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O Conselho Federal de Medicina pronunciou-se no início de agosto a respeito da polêmica que envolveu os partos feitos em casa. De acordo com a entidade, os nascimentos devem ocorrer de preferência nos hospitais, já que estes oferecem as garantias necessárias para um parto seguro e com menos riscos de complicação para as mães e os bebês.

Esta não é a primeira vez que entidades se manifestam a respeito do tema. Em julho, foi a vez do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) manifestar-se contrário aos partos em casa, proibindo não apenas a participação dos médicos nesse tipo de procedimento, mas também das doulas, acompanhantes de parto reconhecidas pelo Ministério da Saúde.

Antes de tudo, é importante diferenciar o parto domiciliar planejado do não planejado. De acordo com a enfermeira obstétrica Marcele Zveiter, um ocorre em condições adequadas, enquanto o outro não. "O parto domiciliar não planejado ocorre em casa, porém a falta de preparo das condições do ambiente, de assistência profissional qualificada, transporte e referência hospitalar podem incrementar o risco e determinar um desfecho desfavorável para a mulher e o bebê. Já o parto domiciliar planejado é aquele que foi pensado durante todo o pré-natal", explica.

Segundo Marcele, o parto domiciliar planejado deve ser oferecido apenas às mulheres saudáveis, chamadas de gestantes de baixo risco. Neste caso, é importante que seja feita a seleção correta das gestantes que optarem por este tipo de ambiente de parto, além da disponibilidade de profissionais capacitados, da qualidade do pré-natal e da garantia e segurança do transporte para um hospital próximo, quando necessário.

Confira a entrevista completa da enfermeira obstétrica e saiba um pouco mais sobre esse tipo de parto.

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