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Existem mulheres que estão mais ou menos sujeitas à pseudociese?

O tipo de relação que a mulher estabelece com sua família e seu parceiro conjugal, diagnóstico de infertilidade e a construção social sobre a maternidade e a gravidez influenciam diretamente no surgimento do fenômeno que acomete mulheres de todas as idades, condições sociais, com ou sem histórico prévio de doenças psiquiátricas.

No que se refere à questão social, tendo em vista o papel perante a sociedade que sempre fora e ainda é imposto para a mulher, e os significados de fantasias coletivas na sociedade sobre a gravidez e a maternidade, chama-se a atenção para o quanto esses significados podem influenciar no surgimento do fenômeno da pseudociese.

Depressão e outros quadros de transtorno do humor podem estar associados, mas, principalmente, experiências amorosas conflituosas envolvendo o abandono, separação e a gravidez. Pesquisas apontam uma maior incidência em mulheres casadas e com problemas conjugais. Pode-se dizer ainda que há relação da mulher que viveu a experiência de aborto espontâneo e/ou provocado com o surgimento do fenômeno.

 

Quais são os principais sintomas comportamentais da gravidez psicológica? Também existem alterações no corpo da mulher?

Comportamentalmente as mulheres de fato acreditam estarem grávidas e isso faz com que procurem ajuda de um obstetra. Os sintomas podem ser explicados por conta de algum conflito psicológico que estimula o hipotálamo e a hipófise, e esses, por sua vez, geram um aumento de prolactina no sistema endócrino da mulher, o que gera consequentemente os sintomas de uma gravidez típica: enjoos matinais, aumento da sensibilidade, distensão abdominal, lactorreia e aumento das mamas, porém não há feto, apesar de algumas mulheres sentirem uma pseudomovimentação fetal.

Após diagnóstico de pseudociese algumas mulheres se recusam aceitar o diagnóstico. Nestes casos, avaliações psiquiátricas e/ou psicológicas devem ser procedidas.

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