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Náuseas, tonturas e vômitos são sintomas comuns em gestantes, mas esses também são os sintomas da labirintopatia. A otorrinolaringologista Andréa Maria Campagnolo explica que esse termo se refere aos distúrbios do labirinto, órgão responsável pelo equilíbrio e pela audição. "Já a labirintite, termo comumente usado, é uma doença rara e grave, que se refere a uma infecção ou inflamação do labirinto", explica ela.
Os sintomas da labirintopatia são tonturas e vertigens associadas ou não a náuseas, vômitos, sudorese, alterações gastrintestinais, perda de audição, desequilíbrio, zumbidos e sensação de pressão nos ouvidos e na cabeça.
Na vertigem rotatória clássica, a sensação é de que o ambiente gira ao redor do corpo, ou que este gira em relação ao ambiente. A tontura pode se manifestar como uma sensação de desequilíbrio, instabilidade, de pisar nas nuvens ou de queda. De acordo com Andréa, a fase aguda pode durar alguns segundos, minutos, horas ou dias conforme a intensidade da crise.
Segundo a especialista, é comum as gestantes sofrerem de labirintopatia, já que na gravidez ocorrem alterações hormonais que podem resultar em comprometimento da homeostase dos fluidos labirínticos. "Com o aumento da progesterona o organismo da mulher retém mais líquido, e essa retenção pode ocasionar disfunções labirínticas por edema de vias vestibulares centrais até o hydrops endolinfático. A liberação de neurotransmissores durante a gravidez pode gerar alterações no controle bioquímico da orelha interna", diz ela.
Mas como diferenciar as simples tonturas da gravidez, causadas por variações hormonais, da labirintopatia? Através da história clínica e de exame físico na gestante. "As tonturas são de origem labiríntica em aproximadamente 85% dos casos. Mais raramente podem ser de causa visual, neurológica ou psíquica", explica Andréa.
- Ant
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