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Existem várias possibilidades para explicar os efeitos protetores da dieta. A dieta mediterrânea melhora a função do endotélio, uma delicada camada dos vasos sanguíneos, que envolve a produção de um fator protetor, o fator neurotrófico derivado do cérebro ou BDNF, uma molécula responsável pelo crescimento e função de células nervosas. Costuma-se pensar que a disfunção do BDNF é responsável por alguns dos casos de depressão, afirma também o estudo.
O azeite de oliva aumenta a receptação de serotonina aos seus receptores e esta é o neurotransmissor-chave na depressão. E, de fato, a fluoxetina atua aumentando a serotonina no cérebro.
Os ácidos graxos Ômega-3 encontrados em alguns peixes podem ajudar as funções do sistema nervoso central. Todos esses mecanismos podem conduzir a um aproveitamento maior das funções cerebrais e a uma maior resiliência para que a pessoa lide melhor com as frustrações do dia a dia, para controlar o estresse, entre outros.
Não é recomendado que pessoas diagnosticadas com depressão tentem tratar o quadro depressivo através desta dieta. A dieta mediterrânea deve ser ideal para prevenir a depressão, e não para tratá-la. Para aquelas pessoas que já têm depressão, a melhor coisa que elas podem fazer é procurar um tratamento apropriado com especialista em psiquiatria.
O estudo acrescenta que, tendo um histórico familiar de depressão, o ponto de partida para a prevenção é a escolha da dieta mediterrânea.
Referências:
Miguel A. Martinez-Gonzalez, M.D., Ph.D., professor and chair, department of preventive medicine, University of Navarra, Pamplona, Spain; David Mischoulon, M.D., associate professor, psychiatry, Harvard Medical School, Boston; October 2009 Archives of General Psychiatry.
Evelyn Vinocur é psicoterapeuta cognitivo-comportamental. Atua há mais de 30 anos na área de saúde mental de adulto e é especializada em saúde mental da infância e adolescência. www.evelynvinocur.com.br
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