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Feito o diagnóstico e começado o tratamento multidisciplinar, a família merece ser alvo de atenção e cuidado, uma vez que cuidar de alguém em processo demencial é considerado altamente doloroso e cansativo, pois demanda tempo, energia e paciência.
O familiar ou cuidador nunca sabe exatamente quais as necessidades do paciente, pois essas mudam continuamente. Assim sendo, atividades de direcionamento da atenção ou distração, evitação de confronto, que auxiliam no manejo do indivíduo acometido pela demência, necessitam ser sempre modificadas. Com frequência, os cuidadores mencionam ter a impressão de “estar um passo atrás do paciente”, além de serem confrontados com sentimentos de impotência, culpa, perda de controle sobre o ambiente e a inadequação dos seus esforços.
Esses sentimentos podem resultar em uma percepção de incapacidade pessoal, além do aumento de problemas físicos, descontrole emocional, depressão e agressividade. Outro aspecto importante refere-se à dificuldade que familiares e cuidadores enfrentam em reconhecer no indivíduo acometido pela demência “a pessoa como era antes”. Os grupos de suporte aos familiares e cuidadores auxiliam no entendimento e aceitação da doença através das informações e experiências trocadas entre seus diversos membros.
Dra. Marcia Dourado é Psicóloga, Doutora em Saúde Mental IPUB/UFRJ e pesquisadora FAPERJ/Centro para Doença de Alzheimer - IPUB/UFRJ. Contato: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
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