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Um estudo desenvolvido na Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), que pretende ampliar a compreensão sobre a doença de Parkinson, entrou em fase final na última semana e mostrou que pode ter resultados promissores. Com a ajuda de um sensor em forma de caneta, denominado caneta biométrica BiSP (sigla para Biometric Smart Pen), a pesquisa espera acompanhar a evolução de pacientes.
E como isso será feito? Graças à tecnologia disponibilizada pelo equipamento, o estudo poderá esquadrinhar os detalhes de movimentos manuais voluntários de pacientes com Parkinson, além de acompanhar a evolução dos movimentos, as respostas aos tratamentos e traçar um comparativo com dados de pessoas consideradas saudáveis.
No último mês de março, o pesquisador e professor da Universidade de Regensburg, Christian Hook, que foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento da caneta BiSP, esteve presente no Brasil para acompanhar o estudo dos alunos da FMB. Segundo a responsável por planejar a pesquisa, a professora Silke Weber, do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, a precisão dos testes com o equipamento chega a 99%.
"Após três anos de muito trabalho, estamos colhendo bons frutos e dando passos importantes em nosso processo de internacionalização. Além disso, conseguimos integrar profissionais de diferentes áreas (Medicina, Computação e Engenharia) na própria Unesp e até de outras instituições, inclusive do exterior, nos segmentos de graduação, pesquisa e pós-graduação", descreve Silke.
Desenvolvido desde outubro de 2010, o estudo é o primeiro do mundo a propor uma análise longitudinal, ou seja, uma observação periódica da motricidade daqueles que são afetados pelo Parkinson. Essa abordagem só é possível devido à existência de um ambulatório específico para a doença dentro do Hospital Universitário da Unesp, o que permite o retorno periódico dos pacientes.
- Ant
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