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bebida alcoólica é, certamente, presença constante no momento de lazer de muitos brasileiros. Seja num churrasco, numa confraternização entre amigos e família, em baladas, ou até mesmo em casa, ela passa a ser prejudicial quando consumida excessivamente, em intervalos de tempo pequenos.

Mas, afinal, como saber que os nossos limites estão sendo ultrapassados? O consumo excessivo da bebida também pode estar associado a quadros de depressão? Apesar de existir correlação entre os dois problemas, nem todos os dependentes do álcool desenvolverão necessariamente a depressão e ainda faltam estudos para comprovar essa relação causal.

"O que sabemos é que uma boa porcentagem de pacientes deprimidos e dependentes de álcool melhora da depressão após dois meses de abstinência, o que nos faz inferir que muito mais frequentemente a depressão seja consequência do alcoolismo e não o contrário", explica o médico psiquiatra Cláudio Jerônimo.

De acordo com o especialista, existe um critério técnico definido pelos médicos para diagnosticar a dependência ou não de álcool. Para isso, avaliam-se os seguintes aspectos:

- grau de tolerância (capacidade de beber grandes quantidades sem apresentar efeitos de intoxicação aguda);

- a presença e o nível da síndrome de abstinência;

- a importância que o uso tem na vida da pessoa e o quanto esse uso já substituiu outros hábitos saudáveis;

- a presença e o grau de fissura (vontade subjetiva de usar bebida alcoólica);

- a relação entre o ambiente de uso e a bebida utilizada (por exemplo, se a pessoa bebe pinga num contexto onde não cabe esse uso).

"Do ponto de vista prático, é importante que se saiba: estudos apontam que os homens que bebem até dois drinks de bebida alcoólica por dia, com pelo menos dois dias de abstinência na semana, e as mulheres que fazem uso de até um drink por dia têm baixo potencial para desenvolver dependência. Considera-se como um drink uma lata de 350 ml de cerveja, ou uma taça de 150 ml de vinho ou uma dose de 50 ml de destilado", destaca Cláudio.

Se uma pessoa beber mais do que essa quantidade num único dia e tiver algum problema em decorrência do uso, ela deixa de fazer parte do grupo de bebedores de baixo risco e passa a fazer parte dos usuários nocivos ou abusivos. Neste caso, vale a pena uma avaliação profissional para definir se existe ou não a dependência.

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