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Qual deve ser o papel da família no Alzheimer? Qual é a importância dos familiares estarem atentos ao surgimento dos primeiros sinais e depois, quando a doença é detectada?
A família é muito importante. Familiares devem estar presentes para manter viva a memória daquela pessoa acometida, da forma mais amorosa possível.
Quanto aos primeiros sintomas: a família percebe uma mudança de comportamento no portador, ou mudança de personalidade, ou esquecimento excessivo de fatos que nunca ocorreram antes. Nesse caso, deve-se procurar um médico para uma anamnese e exames adequados e tomar as providências devidas.
Quando a doença é detectada: a compreensão dos familiares sobre as perdas de funções da pessoa acometida é fundamental. Deve-se entender que a pessoa acometida não se lembra, mas o familiar se lembra e deve estar presente dedicando amor e respeito a este parente querido. O familiar também deve se cuidar. O familiar que cuida do portador de Alzheimer deve estar sob cuidados médicos, com boa alimentação, exercícios físicos e não deve se abandonar, para justamente poder dar esses cuidados diários com amor e carinho ao portador.
O Alzheimer tem cura?
Doença de Alzheimer não tem cura, logo é preciso ter perspectivas realistas a respeito da doença. Porém, ela tem tratamento não medicamentoso, como treino de memória, atividade física, boa alimentação, fisioterapia, hidroterapia (é necessário manter o paciente ativo), e o tratamento medicamentoso com inibidores da aceticolinesterase (rivastigmina, galantamina ER e donepezila), que levam a um declínio da evolução da doença ou mesmo a estacionam por um algum tempo. Isso é muito importante porque estabilizar a doença por algum tempo pode significar que se alguma descoberta da medicina ocorrer (e a doença de Alzheimer é uma das mais estudadas em Neurociências), essa pode ser aplicada no portador.
Dra. Eliana Melhado é mestre e doutora em Ciências Médicas, na área de Neurologia, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Médica neurologista, atua nos seguintes temas: Cefaleia, Cefaleia na mulher, Epilepsias, Distúrbios do movimento, Síndromes Demenciais, Acidentes Vasculares Encefálicos, TDAH e Bloqueio Neuromuscular.
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