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O Dia Mundial da Saúde Mental, comemorado ontem (10), nos faz um alerta para aquela que é considerada uma das principais doenças da mente: o Alzheimer. Ao lado de outras síndromes demenciais, que se caracterizam pelo prejuízo de uma ou mais funções cognitivas, como memória, linguagem, aprendizagem motora e reconhecimento de objetos, o Alzheimer é grave e pode interferir nas atividades sociais e ocupacionais do indivíduo.
Existem duas manifestações comuns do Alzheimer: a de início tardio, que geralmente começa aos 60 anos, e a de início precoce, que na prática clínica ocorre a partir dos 50 anos, e na literatura é descrita a partir dos 40. "Em casos de queixas de memória antes desse período, deve-se investigar estresse, ansiedade e distúrbios tireoidianos", ressalta a médica neurologista Eliana Melhado.
Saiba mais sobre essa síndrome demencial, seus sintomas, tratamentos e quais devem ser os cuidados da família na entrevista completa com Eliana Melhado.
O que é o Alzheimer e como ele se caracteriza?
A doença de Alzheimer (DA) é um tipo de síndrome demencial, caracterizada pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1906. É uma afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível de aparecimento insidioso que acarreta perda da memória e diversos distúrbios cognitivos. Em geral, a DA de acometimento tardio, de incidência ao redor de 60 anos de idade, ocorre de forma esporádica, enquanto a DA de acometimento precoce, de incidência ao redor de 40-50 anos, mostra recorrência familiar. A DA de acometimento tardio e a DA de acometimento precoce são uma mesma e indistinguível unidade clínica e nosológica.
O Alzheimer acomete principalmente qual faixa etária? Por que isso acontece?
A doença de início tardio inicia aos 60 anos. Há descrição de demência de Alzheimer aos 40 anos, mas as de início precoce, na prática clínica, ocorrem a partir dos 50 anos em geral. Do ponto de vista neuropatológico, observa-se no cérebro de indivíduos com DA atrofia cortical difusa, a presença de grande número de placas senis e novelos neurofibrilares, degenerações grânulo-vacuolares e perda neuronal. Verifica-se ainda um acúmulo da proteína beta amilóide nas placas senis e da microtubulina tau nos novelos neurofibrilares. Acredita-se que a concentração das placas senis esteja correlacionada ao grau de demência nos afetados. Transtornos da transmissão da acetilcolina e acetiltransferases ocorrem frequentemente nos indivíduos afetados.
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