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Como se apresentam os sintomas da esclerose múltipla? E como são as crises?
Os sintomas podem ser de várias vias do SNC, desde uma alteração visual com embaçamento até cegueira, alterações do equilíbrio vestibular (tipo labirintite) ou cordonal posterior (noção de posição no espaço) ou ambos, alterações de coordenação motora, perda de força muscular, alteração urinária e intestinal, formigamento com perda de tato fino ou da sensibilidade dolorosa, alteração como visão dupla (estrabismos ou paralisia de nervos cranianos). Tudo isso não acontece ao mesmo tempo no paciente no início. A primeira crise (chamada surto de Esclerose Múltipla - EM) é um desses sintomas, que costumam desaparecer em 24 horas ou mais, e depois aparece outro sintoma/sinal, e então a recuperação não é mais 100% e vai deixando sequelas aos poucos. O intervalo (chamado de supressão da EM) entre crises varia de no mínimo 30 dias até anos e, quando a doença progride sem tratamento, esses surtos vão ficando mais curtos e com mais sequelas.
Tabela: Acometimento de sistemas funcionais |
Motor/piramidal |
Sensitivo |
Cerebelar |
Visual |
Tronco |
Esfíncter |
Mental |
Qual é o grande objetivo do tratamento: amenizar as crises e aumentar o intervalo entre elas ou existe alguma forma de tratar em definitivo?
O grande objetivo é reduzir o número de crises e aumentar o intervalo entre elas. Terapias novas almejam a diminuição da progressão da doença. Prevenção da atrofia cerebral que vai acontecendo e leva a distúrbio cognitivo (tipo alteração de memória) é um objetivo das terapias novas. O grande tratamento definitivo não foi desenvolvido ainda, que é a cura, mas os tratamentos existentes, com certeza, amenizam a doença, melhoram a qualidade de vida do paciente, que permanece ativo por muito tempo. A terapia com interferons com certeza mudou a história da EM.