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Como é o tratamento hormonal? Há efeitos colaterais?
O objetivo do tratamento é a manutenção da função sexual e dos caracteres sexuais se-cundários masculinos, bem como melhora da qualidade de vida destes indivíduos. Isso é possível, na maioria das vezes, através da administração de testosterona, porém é muito importante frisar que cada situação clínica é individualizada, portanto, não há um tratamento único.
Os suplementos de testosterona podem provocar câncer de próstata?
Essa pergunta motivou vários estudos nas últimas décadas. A etiologia do câncer de próstata, infelizmente, ainda está longe de ser totalmente decifrada, mas sabe-se que é multifatorial. Existe, ainda, muita polêmica com relação à reposição de testosterona e câncer de próstata. No estudo Androgens and Prostate Cancer Risk: A Prospective Study, publicado em 2007, pacientes entre 40 e 60 anos de idade foram acompanhados periodicamente durante 20 anos, e um dos focos desse estudo foi avaliar a relação entre os níveis de testosterona e o câncer de próstata. Não houve, no entanto, nenhuma diferença estatisticamente significativa. Além disso, quando a análise foi feita por quartis, ou seja, quando se dividiu os pacientes de acordo com os níveis séricos de testosterona, os resultados não demonstraram correspondência.
Outro importante estudo foi uma metanálise publicada em 2006, com o título Prostate Cancer and Prostatic Diseases, pelos autores Gould e Kirby, que compilaram os principais estudos nesta área em todo o mundo, totalizando análise de 2.283 pacientes acompanhados durante 15 anos, e observou-se que 22 indivíduos recebendo testosterona apresentaram diagnóstico de câncer de próstata, representando uma taxa de aproximadamente 1%.
Existem outras formas de tratamento?
O tratamento deve ser sempre individualizado e de acordo com o diagnóstico. Não há um tratamento-padrão ou imutável, muito pelo contrário, é necessário monitoramento contínuo do quadro.
Há prevenção?
O hipogonadismo tanto pode ser primário como secundário, e de apresentação diferente em períodos etários distintos, porém, via de regra, as medidas preventivas são individualizadas em cada contexto clínico. Já o DAEM é uma patologia multifatorial e de evolução gradual, desta forma, possibilitando diagnóstico precoce e adoção de medidas preventivas.
Dr. Eduardo Freire Vasconcellos é Especialista em Geriatria pela PUCRS; Mestre em Geriatria pela PUCRS; Doutor em Endocrinologia pela UFRJ. Contato: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
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