Índice deste artigo:

Aids na terceira idadeDados recentes do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) preocupam: no Brasil, há mais de 500 mil casos notificados da doença. Desses, mais de 15 mil atingem idosos – sendo que, em 1991, havia cerca de 950 ocorrências. Segundo o biólogo e especialista em imunologia Aldo Henrique Tavares, a falta de informação é o principal motivo do crescimento acelerado da Aids nessa faixa etária. “Há pouco tempo, não existia nenhum tipo de campanha para o público idoso. Isso surgiu recentemente, mas de forma muito escassa”, afirma Aldo, que também é consultor técnico do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica/DASA.

Para o especialista, a desinformação tem como consequência a vida sexual ativa sem proteção – o que contraria o mito existente há alguns anos, de que idosos não praticam sexo. De fato, a atividade sexual na terceira idade cresceu há pouco tempo. “Existem vários fatores que explicam a prática sexual em pessoas mais velhas. A melhora da qualidade de vida, o controle de sintomas da andropausa e da menopausa por meio da reposição hormonal e o surgimento de medicamentos, injeções e próteses são alguns deles. Trata-se de métodos recentes”, explica Aldo.

Outros fatores fazem com que os idosos não utilizem preservativos: é algo que foi pouco utilizado ao longo de suas vidas; existe dificuldade técnica na utilização; há medo de perda de ereções; de uma maneira geral, a faixa etária conhece a camisinha apenas como anticonceptivo – e não como proteção contra doenças.

Publicidade