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Chinelos devem ser totalmente proibidos?

Se proibíssemos o uso de chinelos para os idosos, ficaríamos sem clientes, assim como se proibíssemos o salto alto para as mulheres. Em todas as ocasiões, em nossas indicações deve prevalecer o bom-senso. O uso diuturno do salto alto prejudica os pés – que assim o digam as funcionárias que são obrigadas a usá-los com maior frequência. Também o uso dos chinelos pelos idosos não é proibido, mas não devem mantê-los nos pés de um modo contínuo. Os chinelos, apesar de confortáveis, não oferecem segurança durante a marcha e, no caso de idosos com a musculatura dos membros inferiores mais frágil, eles terão mais facilidade de sofrer quedas. Um fato a ser lembrado no uso de calçados pelos idosos é o piso. Se o piso for liso como mármore e/ou azulejos, devem ter mais cautela, e quando molhados, o perigo de quedas aumenta. Um calçado fechado protege melhor os pés e produz uma maior firmeza durante a marcha.

  

O uso inadequado de sapatos por idosos pode trazer quais consequências?

As consequências são inúmeras e dependerão do formato dos pés, tipo de calçado, solo, patologia sistêmica do paciente como diabetes, por exemplo. Nos pacientes diabéticos tipo II, em média após 10 anos do início da doença, pode ocorrer a perda da sensibilidade dos pés. Esse fato torna seus pés muito vulneráveis a qualquer objeto sem que o paciente sinta dor, que é um mecanismo de defesa dos pés. Podem ter seus pés lesados por qualquer tipo de objeto perfurante e só perceberem posteriormente e com grande risco de infecção, que é quatro a seis vezes maior nos diabéticos, além da dificuldade de cicatrização dessas feridas nesses idosos.

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