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Acidentes domésticos e idososDentre os acidentes domésticos envolvendo idosos, as quedas são disparadamente os mais frequentes. O risco de cair aumenta significativamente com o avançar da idade. Até 60% dos idosos caem ao menos uma vez ao ano e cerca da metade cai de forma recorrente. Os acidentes são a quinta causa de morte entre os idosos e as quedas são responsáveis por dois terços dessas mortes acidentais, sendo que o índice de mortalidade aumenta dramaticamente após os 70 anos, principalmente em homens.

Além da alta mortalidade, destacam-se ainda como consequências relevantes o fato da queda causar restrição de mobilidade, incapacidade funcional, isolamento social, insegurança e medo, detonando um mecanismo cumulativo e em efeito dominó de eventos prejudiciais à saúde e qualidade de vida dos idosos.

As intervenções mais eficazes baseiam-se na identificação precoce dos idosos com maior chance de sofrerem quedas e, particularmente, aqueles que, além do risco de queda, apresentem também um risco aumentado de sofrerem lesões graves decorrentes da mesma. Os fatores de risco apontados na maioria dos estudos como mais determinantes para quedas são: idade igual ou maior a 75 anos, sexo feminino, presença de declínio cognitivo, de inatividade, de fraqueza muscular e de distúrbios do equilíbrio corporal, marcha ou de mobilidade, déficit visual, história prévia de acidente vascular cerebral, de quedas anteriores e de fraturas, comprometimento na capacidade de realizar atividades da vida diária, uso de medicações psicotrópicas, em especial os benzodiazepínicos, assim como o uso de várias medicações concomitantes.

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