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Muitas reações emocionais são esperadas nesse período de diagnóstico e tratamento de um câncer. As mais comuns são: sentimentos de medo, raiva, inconformismo, ansiedade, depressão, hostilidade, sentimentos de inferioridade, sentem-se desfiguradas, incompletas, menos mulher. Vergonha, medo da rejeição, culpa, entre outros.

A psicóloga explica que a mulher precisa estar bem amparada no tratamento da doença, seja pela sua equipe médica, pela família e amigos. É necessário preparar a mulher e a família para lidarem com todo o processo de adoecimento, mas nem sempre eles estão tão bem estruturados para lidarem com essa nova perspectiva. É relevante que todos estejam sempre bem informados a respeito de tudo que irá acontecer dali em diante, é importante manter um canal aberto de comunicação entre paciente, família e equipe médica, para que todas as dúvidas sejam sanadas, para que não se alimentem fantasias negativas e ansiedades. Todos os envolvidos precisarão de auxílio e amparo, e a ajuda psicológica será útil nesse processo, pois facilitará o diálogo e ajudará a desmistificar muitas fantasias e muitas ideias negativas acerca da doença e de si mesma.

Além da questão estética, da perda do cabelo e da mama, a mulher também se sente numa condição de dependência, com a perda de autonomia do próprio corpo, perda da privacidade, ela se vê invadida por procedimentos médicos, e até mesmo a perda financeira, com os gastos com o tratamento e pelo fato de não poder voltar ao trabalho. Tudo isso é frustrante para a mulher, o que agrava ainda mais o quadro emocional da paciente. "Hoje em dia as mulheres passaram a desempenhar várias funções de destaque no mercado de trabalho, muitas sustentam o lar, e ter que abrir mão dessa condição pode gerar muita ansiedade e estresse. É difícil para essa mulher entender que de repente ela passou da condição de provedora para a condição de doente/dependente", explica a psicóloga.

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