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O câncer de mama é o tipo de câncer que mais afeta as mulheres em todo o mundo. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), apenas no ano passado foram diagnosticados um pouco mais de 52 mil novos casos da doença. Para este ano, a estimativa é que pelo menos 60 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença.

Justamente por ser o tipo de câncer mais comum para as mulheres, o seu diagnóstico costuma assustar. A psicóloga clínica Renata Goltbliatas explica que, ao receber o diagnóstico, vários sentimentos são manifestados, principalmente o medo da morte, pois ainda hoje o câncer, de modo geral, é visto como uma sentença de morte. "Mesmo tendo inúmeros casos de cura, o significado de estar com câncer assusta e traz sérias implicações emocionais para a pessoa doente. É uma notícia que traz muitas incertezas e dúvidas quanto ao futuro, a mulher encontra-se muito fragilizada", explica ela.

A mulher diagnosticada com câncer se vê atingida de diversas formas, pois o tratamento da doença é algo muito estressante e que traz muitos efeitos colaterais, como a perda da mama e do cabelo. Para Renata, o medo da morte está presente o tempo todo, mas o fato de se ver desfigurada e incompleta causa muitos danos emocionais, podendo levar à depressão. "É uma doença com alto poder destrutivo. Afeta a mulher em várias áreas significativas, como, por exemplo, sua autoimagem, sua sexualidade, sua feminilidade, sua autoestima, seus relacionamentos interpessoais, o trabalho e a família, por isso costuma ter um efeito devastador para as mulheres. A mulher se vê de uma hora para outra impedida de realizar tarefas antes corriqueiras, se vê afastada do convívio familiar e ainda tem que conviver com a dor de perder uma parte importante de seu corpo. Todos nós reagimos às doenças graves com muito medo. O que irá determinar o quanto essa doença vai nos afetar ou não é a história pessoal de cada um", diz ela.

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