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Você sabia que a formação dos nossos ossos começa ainda dentro do útero durante a gravidez? Segundo a médica reumatologista Camille Figueiredo, isso explica a necessidade das grávidas de ingerirem lácteos e pegar sol.

"Na infância, os ossos têm muito colágeno e outras proteínas que os deixam mais 'maleáveis'. Nessa fase é essencial o aporte de vitamina D, daí a importância extrema que se dá à orientação do banho de sol para o bebê, que não tem outra fonte de vitamina D além dos suplementos normalmente prescritos pelos pediatras", explica Camille.

O raquitismo, que é um defeito de mineralização óssea, é um dos problemas causados pela falta de vitamina D no organismo, já que sem ela o cálcio não é levado para os ossos corretamente. Já a osteoporose, que pode surgir na pós-menopausa ou nos idosos, também deve ser prevenida ainda na adolescência e na fase adulta, pois é nesse período em que adquirimos o "pico de massa óssea".

"É como se estivéssemos fazendo uma 'poupança de osso'. Quanto maior o pico de massa óssea que a pessoa consiga atingir, menor a chance de ter osteoporose depois", explica a médica.

Conheça alguns fatores que aumentam o pico de massa óssea:

1- Genética em primeiro lugar: ninguém consegue um pico de massa óssea enorme se não houver alguma predisposição para isso;

2- Dieta: ingerir grande quantidade de laticínios e muita água (principalmente se houver história de litíase renal na família - "pedra nos rins");

3- Exercício: a prática de esportes é essencial para o bom desenvolvimento ósseo.

O metabolismo do osso vive em equilíbrio constante entre formação e reabsorção óssea, sempre trocando "osso velho" por "osso novo". A cada 10 anos há renovação completa do esqueleto. Após os 30 anos, há um desequilíbrio normal e fisiológico, com predomínio de reabsorção a despeito da formação óssea. Assim, quem apresentar predisposição genética, ou mesmo fatores de risco adquiridos na vida adulta, ou quem não atingiu um bom pico de massa óssea, irá desenvolver osteoporose ao longo dos anos.

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