Saúde da criança e do adolescente

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Os bebês costumam começar a balbuciar as primeiras palavras por volta de 1 ano, mas o processo de aquisição de linguagem se dá desde o nascimento. É com o choro que o bebê começa a comunicação com a mãe, através das variações de intensidade e frequência – é possível fazer a distinção entre o "choro de fome" e o "choro de dor", por exemplo.

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Um estudo recente, divulgado pelo jornal British Medical, revelou que as papinhas produzidas industrialmente têm menos nutrientes e menor diversidade de sabor e de textura do que as feitas em casa. Além disso, o trabalho concluiu que a papinha pronta fornece, em média, apenas metade da energia e das proteínas em relação à caseira.

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É incontestável que a tecnologia tem trazido muitos benefícios para a nossa vida, porém, junto com ela, vêm também alguns vícios. Hoje em dia é cada vez mais comum crianças e adolescentes viciados em videogames e internet. Segundo a psicóloga e psicanalista Solange Quintanilha, é importante que os pais fiquem bem atentos, tenham total conhecimento sobre a questão dos vícios, suas implicações e dificuldades na interrupção, e é primordial que eles saibam também que, geralmente, por baixo de todo esse vício, costuma haver problemas emocionais. A psicóloga também ressalta que entre os adultos é possível encontrar inúmeros casos de vícios por videogames, o que resulta em prejuízos na vida profissional, familiar e nos relacionamentos.

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No dia 20 de outubro é comemorado o Dia Mundial da Osteoporose, e você sabia que essa doença, antes associada somente aos idosos, também atinge adultos jovens e crianças?

A osteoporose é definida pela Organização Mundial da Saúde como uma doença metabólica óssea sistêmica, caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, com consequente aumento da fragilidade do osso e da suscetibilidade a fraturas.


Osteoporose infantil

A osteoporose na infância pode ser classificada de 2 formas: a primária, ou seja, oriunda de alterações genéticas; ou secundária, resultante de vários fatores, como, por exemplo, baixa exposição à luz solar, déficit nutricional (redução de cálcio e vitamina D), problemas hormonais, doenças reumatológicas, renais e intestinais, além do uso crônico de determinados medicamentos.

Na infância é mais silenciosa, ou seja, costuma ser assintomática. Para identificar os pacientes acometidos, é fundamental uma investigação minuciosa de seus fatores de risco nas consultas de rotina no pediatra. No entanto, o sinal primordial da osteoporose é a ocorrência de fraturas após traumas leves durante as atividades da vida diária.

Quanto ao tratamento, é necessário identificar as causas da osteoporose e tratá-las. "Logicamente a prevenção desde a infância é o melhor 'tratamento', pois sabemos que a densidade mineral óssea nos adultos e idosos vai depender do pico de massa óssea adquirido até o final da segunda década de vida", explica o ortopedista Dr. Moisés Cohen.

Uma orientação para os pais, a respeito dos filhos que apresentam fraturas, é que nem toda fratura na infância se deve ao enfraquecimento ósseo. A maioria ocorre por quedas e traumas próprios da idade, sem a presença de osteoporose no filho.


Osteoporose em adolescentes

Os adolescentes também podem apresentar osteoporose. A prevenção se inicia com a identificação de fatores de risco, se houver, e a aquisição de hábitos saudáveis de vida, como, por exemplo, alimentação saudável, rica em cálcio e vitaminas, atividades físicas, exposição à luz solar e medicamentos, se necessários.


Quantidade ideal de cálcio

Você sabe qual a quantidade ideal de cálcio em cada fase da infância e da adolescência? O ortopedista responde:

Nascimento a 6 meses 400 mg/dia
6 meses a 1 ano 600 mg/dia
1 a 9 anos 800 mg/dia
10 a 18 anos 1300 mg/dia
19 a 30 anos 1000 mg/dia
Gestantes/mulheres amamentando abaixo dos 18 anos 1300 mg/dia
Gestantes/mulheres amamentando acima dos 18 anos 1000 mg/dia

A densitometria óssea deve ser realizada anualmente após os 50 anos de idade, com exceção dos casos em que haja fatores de risco presentes independente da idade, como, por exemplo, em crianças que apresentam fraturas em traumas mínimos, mulheres menopausadas precocemente, etc.

A atividade física, em especial os exercícios contra a gravidade, com impacto, devem ser estimulados. "Atividades como andar, correr e exercícios com pesos têm mais efeito sobre os ossos do que as atividades que não recebem carga", explica o ortopedista.

A dieta deve ser rica em alimentos com alto teor de cálcio e pobre em proteínas e em fosfatos, presentes nas carnes vermelhas, cereais e refrigerantes. Recomenda-se ainda a restrição da ingestão de sódio, pois, quando ingerido em grandes quantidades, aumenta a excreção renal de cálcio. Ele explica que o cálcio pode ser encontrado em várias fontes alimentares animais e vegetais. Leite e seus derivados contêm a maior proporção de cálcio biodisponível, embora outras fontes também possam ser utilizadas.


Confira exemplos de alimentos ricos em cálcio:

Alimento Quantidade de cálcio

Iogurte natural (1 xícara) 

  415 mg
Iogurte com frutas (1 xícara)    345 mg
Leite desnatado (1 xícara)   302mg
Leite integral ( 1 xícara)   291 mg
Queijo muçarela (30 gramas)   183 mg
Sorvete de leite ( 1 xícara)   176 mg
Pudim (1/2 xícara)    146 mg
Sardinha em lata   341 mg
Peixe assado   117 mg
Espinafre cozido ( 1 xícara)   122 mg
Beterraba cozida com folhas ( 1/2 xícara)    82 mg
Feijão (1 xícara)   81 mg
Ovo (unidade)   28 mg
Lasanha (uma porção)   460 mg
Macarrão sem molho (1 xícara)   14 mg
Hambúrguer com queijo (unidade)   135 mg
Laranja (unidade)   53 mg
Brócolis cozido (1 xícara)   94 mg

 

Dr. Moisés Cohen é professor Titular e Chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unifesp, Presidente da Sociedade Mundial de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Trauma Desportivo (ISAKOS) e diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte.

Portal: www.institutocohen.com.br

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