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Segundo a psicóloga, se os pais já tentaram um diálogo franco e sério com os filhos, se já haviam colocado as regras e davam castigos justos e pertinentes quando os filhos não respeitavam os limites, e, ainda assim, não adiantou, então a ajuda psicológica se faz necessária. Ela explica que o profissional vai conhecer e avaliar a situação familiar, para poder dar orientações e tentar encontrar ações que sejam efetivas na solução do problema. "Nesse momento, questões como colocar senha no computador, esconder os aparelhos em alguns momentos ou guardar por um bom tempo serão pensadas e discutidas", diz ela.

A psicóloga explica que é muito importante que os pais ensinem aos seus filhos desde bem pequenos o que é certo e errado, o que pode ou não fazer, quais são as horas da obrigação e da diversão. Em suma, que eles aprendam os limites de até onde podem ir, que há uma hora para os dois e que, em primeiro lugar, é o cumprimento das obrigações. Se os pais não fizerem isso com os filhos ainda pequenos, certamente terão um trabalho muito maior para ensiná-los com eles maiores. Outra coisa importante é que os pais ofereçam outras atividades à criança, como esportes, dança, música, passeios de bicicleta, entre outras atividades. Segundo a psicóloga, é importante que os pais criem um canal de cumplicidade, de confiança e compreensão com os filhos.

Um conselho da psicóloga é retardar um pouco o contato da criança com os jogos eletrônicos. "Embora tenhamos a exata noção de que mais adiante as tentações vão vir, à medida que os filhos forem crescendo, penso que os pais podem tentar evitar ao máximo o estímulo a esses aparelhos. Na hora de dar presentes, comprar brinquedos, estimular os jogos criativos e construtivos, as brincadeiras e atividades ao ar livre e tentar preservar essa infância, com atividades saudáveis, simples e alegres. No dia que os jogos eletrônicos surgirem na vida deles, sem problemas, mas o importante é estabelecer regras e combinações, visando um uso mais saudável das tecnologias", diz ela.

Os cientistas e pesquisadores falam também dos benefícios dos jogos eletrônicos, como o estímulo ao conhecimento tecnológico, a contribuição para aumentar as habilidades cognitivas, como a atenção visual, memória, coordenação motora e resolução de problemas, assim como ativar e exercitar áreas do cérebro, propiciando agilidade no raciocínio e nos reflexos. Mesmo existindo esses benefícios, as consequências desses vícios para a vida dos jovens são inúmeras.

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