Índice deste artigo:

close-rosto-crianca-obesa

A redução da idade mínima para a realização da cirurgia bariátrica, que passou de 18 para 16 anos, ainda repercute na comunidade médica e científica brasileira. Apesar de ser uma medida repleta de boas intenções, tendo em vista o crescimento da obesidade como um problema de saúde mundial, muitos especialistas defendem que o real foco ainda deve ser na abordagem multidisciplinar, especialmente neste grupo.

"Os jovens, por estarem em desenvolvimento, buscam sempre soluções de pouco esforço e rápidos resultados. Conscientizá-los de que a redução do estômago é parte da empreitada para a redução do peso e não a solução é muito difícil, pois eles têm muita dificuldade em construir objetivos para desfrutá-los. Uma forma de ajudá-los é inseri-los em um processo psicoterápico focado neste recorte", defende a psicóloga Silvana Martani.

Ainda segundo a especialista, que trabalha há mais de 27 anos em atendimento a jovens obesos, os adolescentes ainda estão construindo seus recursos emocionais e a obesidade é um sintoma do nível de dificuldade que eles estão enfrentando. Dessa forma, nenhum jovem tem condições de avaliar os riscos e dificuldades de uma cirurgia desse porte, pois para eles o que importa é o resultado.

Publicidade