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A "Turma da Mônica", do cartunista brasileiro Mauricio de Sousa, é uma das histórias em quadrinhos que mais obtiveram sucesso no país, com reconhecimento inclusive em países do exterior. Em sua história, um dos personagens chama atenção por um distúrbio de fala em que há uma troca de letras, o "R" pelo "L". É claro que estamos falando do Cebolinha.

Mas, afinal, que distúrbio é esse que impede o simpático personagem de falar corretamente? Segundo a fonoaudióloga Luciana Maximino, trata-se da dislalia, que na realidade foi um termo utilizado nas décadas de 60 e 70 para se referir a problemas de articulação dos sons da fala. No entanto, com o avanço dos estudos na área, surgiu a expressão Distúrbio Articulatório em substituição ao termo.

"A partir da década de 80, a discussão sobre a aquisição da linguagem infantil envolveu não apenas aspectos relacionados à produção da fala (fonética), mas também à organização dos sons produzidos em determinada comunidade linguística (fonologia), havendo assim uma mudança conceitual da nomenclatura e o surgimento da expressão Transtorno Fonológico", explica Luciana.

Apesar de a manifestação do Distúrbio Articulatório e do Transtorno Fonológico ser as trocas de sons na fala, considera-se que se trata de quadros distintos, sendo imprescindível o diagnóstico correto dos mesmos, por meio de uma avaliação fonoaudiológica criteriosa.

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