Saiba a diferença entre pesadelo e terror noturno, muito comum em crianças

No terror noturno, os pais devem acalmar a criança, dando um abraço, palavras de carinho, mas sem acender as luzes, pois isso pode piorar os episódios, visto que a ideia é a de que o filho adormeça, e não que desperte.

Já nos pesadelos, devem também acalmar, explicando que sonhos ruins acontecem, mas que já passou. Dependendo da idade da criança, pode-se usar algum ursinho de pelúcia, como "amigo protetor", fazendo dessa imaginação um incentivo para elas enfrentarem esses períodos.

Além de observar se houve algum acontecimento tanto na escola como em casa que possa ter deixado a criança preocupada, como, por exemplo, provas, desentendimento com algum colega ou até mesmo algum problema na própria família, como desemprego dos pais, separação, entre outros. E, a partir daí, conversar com a criança sobre a preocupação, tentando tranquilizá-la e diminuir tantos pensamentos angustiantes.

Como sugestão, a psicóloga orienta os pais a criarem o hábito de fazer uma "roda da conversinha", de pelo menos 10 minutos, durante todos os dias. A ideia é que cada membro da família coloque como foi seu dia e juntos possam falar o que teve de mais "legal" e o mais "chato" do dia. Nessa simples atividade, a criança pode colocar algo relacionado com alguma preocupação, e só o fato de dividir com alguém já pode aliviar o sofrimento, melhorando na hora do sono. Essa atividade pode ser feita na mesa durante o jantar ou em algum momento em que a maioria dos familiares esteja em casa.

Dessa forma, promove-se a comunicação entre as pessoas e a expressão dos sentimentos, facilitando, portanto, o lado emocional.

Cláudia Danielle Ribeiro Pereira é psicóloga clínica especialista em Psicologia Cognitiva Comportamental pela USP