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A partir de 1 ano, roncos relacionados a adenoides ou amígdalas grandes começam a surgir. A adenoide cresce no fundo do nariz e não é possível enxergá-la a olho nu. Para seu diagnóstico, é necessário fazer endoscopias nasais (geralmente sondas bem fininhas) ou um raio X digital bem-feito. "É muito comum a criança com adenoides grandes ter também amígdalas grandes e isso causar paradas de respiração na criança, além do ronco", explica Ângela.
Outro fator relacionado ao ronco infantil e à apneia do sono é a rinite alérgica. Ela causa um inchaço na mucosa nasal, sinusites de repetição e respiração oral.
"Dizemos que no adulto é normal existir até cinco apneias (parada de respiração) por hora. Já na criança, nem uma apneia por hora é considerada normal", salienta a especialista.
O ser humano, quando nasce, é programado para usar o nariz para respirar e por isso, quando a criança começa a usar a boca para respirar e roncar enquanto dorme, observa-se o surgimento de problemas como mau hálito, infecções de garganta repetidas, rouquidão, piora de refluxo gastroesofágico. Nessas crianças, o uso da chupeta pode causar ou agravar problemas na arcada dentária e piorar o ronco.
"Sempre que houver ruídos respiratórios, roncos e apneias na criança, os pais devem informar o pediatra e o otorrinolaringologista/médico do sono para que seja realizado o diagnóstico e o correto tratamento do problema", finaliza ela.
Angela Beatriz Lana, especialista em Medicina do Sono e Otorrinolaringologia, atua no Indaiatuba Day Hospital. Mestrado em Medicina do Sono. CRMSP 149513
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