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Alguns cuidados ajudam a baixar a febre: vestir a criança com roupas leves, não cobrir com cobertor (somente com lençol), oferecer líquidos à vontade, medir a temperatura a cada 6 horas, que é o período de ação dos antitérmicos habituais, e oferecer antitérmicos somente após passar esse período.

Beber bastante água também ajuda, pois a elevação da temperatura corporal faz com que ocorra perda de líquido por aumento da evaporação pela pele e também por perda de vapor d'água pela respiração, portanto é importante repor esse líquido perdido.

Segundo a pediatra, até 37,8°C não há necessidade de medicar, mas, quando a criança estiver muito incomodada ou a febre ultrapassar os 37,8°C, pode ser tratada com o antitérmico habitual que o pediatra já tenha receitado para a criança. As situações em que o pediatra deve ser imediatamente consultado e os outros cuidados que se deve ter em casa quando a criança tem febre já foram mencionados. "O uso de antitérmicos não previne a ocorrência de convulsão em crianças predispostas, e o uso de anticonvulsivantes de forma contínua ou intermitente não é recomendado de rotina nesses casos, considerando-se os riscos e benefícios desses medicamentos", diz Heloísa.

Como na maioria das vezes a convulsão febril é benigna e não deixa sequelas, não há necessidade de acompanhamento por neurologista no primeiro episódio. O próprio pediatra pode acompanhar a criança. Contudo, se episódios de convulsão ocorrerem, na vigência de febre, antes dos 6 meses ou após os 5 ou 6 anos de idade, podem estar relacionados a outros problemas de saúde e devem ser investigados.

 

 

Heloísa Bettiol é médica formada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) em 1980. Fez residência médica em Pediatria no Hospital das Clínicas da FMRP-USP e é professora de Pediatria na mesma faculdade desde 1988. Tem experiência, tanto na prática clínica como em pesquisa científica, nas áreas de puericultura, problemas de crescimento e nutrição na infância e adolescência.

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