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Suspeita-se de gastrite quando a criança apresenta dor abdominal epigástrica, despertar noturno por dor abdominal, náuseas, vômitos, azia, sensação de queimação torácica, empachamento, saciedade precoce, eructação, perda de peso e sinais de sangramento gástrico, como anemia ou sangue no vômito ou nas fezes. O exame diagnóstico de eleição é a endoscopia digestiva alta, pois permite a confirmação diagnóstica e a realização de biópsia para estudo histopatológico e para pesquisa do H. pylori.

O tratamento é realizado com medicações antiácidas e orientações alimentares, além de antibióticos quando indicada a erradicação do H. pylori. A escolha do melhor tratamento deve ser sempre feita sob orientação médica.

Os erros alimentares devem ser corrigidos. Deve-se evitar o uso abusivo de refrigerantes, café, chá-mate, chá-preto, condimentos picantes (pimenta, mostarda, molho de tomate), alimentos industrializados com alto teor de corantes e conservantes, frituras de imersão e frutas ácidas como laranja, limão, abacaxi, tomate. A dieta rica em leite e derivados ou em intervalos frequentes também deve ser evitada por ser potente estimuladora da secreção ácida. A ingestão de alimentos antes de dormir é desaconselhável, pois aumenta a produção noturna de ácido.

 

 

Dra. Karen Aparecida Ponceano Nunes é gastropediatra em São José do Rio Preto - SP. Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela USP de Ribeirão Preto com tema em doença celíaca, a profissional é formada em medicina pela PUC-Campinas, com residências de pediatria pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e de gastropediatria pela UNESP. Possui títulos de especialista em Pediatria e em Gastroenterologia Pediátrica, além de ser membro titular da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Associação Paulista de Pediatria. Para mais informações, acessar www.gastropediatra.com.br

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