Índice deste artigo:

Saiba mais sobre a fissura labial, conhecida como lábio leporino

Você já ouviu falar em lábio leporino? Trata-se do nome popular dado à fissura labial, uma deformação na face que ocorre por uma falha no fechamento do lábio durante a gestação. Esse tipo de fissura, que também pode atingir o palato e trazer implicações que vão além da estética, dificulta atividades básicas de um bebê recém-nascido, como a amamentação.

Fundado em 1967, o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP/Centrinho), localizado em Bauru-SP, realiza um importante trabalho com crianças que nasceram com a fissura. Saiba mais sobre o trabalho realizado no local e quais são as particularidades da doença com os esclarecimentos da cirurgiã-dentista Gisele da Silva Dalben, doutora em Patologia Bucal.

 

O que é a fissura labiopalatal e o lábio leporino, quais são as suas diferenças e causas?

As fissuras podem afetar apenas o lábio (fissura labial, ou popularmente "lábio leporino", fazendo referência ao aspecto de uma lebre), o palato (popularmente "goela de lobo"), ou ambos (fissura labiopalatina). As fissuras ocorrem por uma falha na união/fechamento do lábio, cuja formação se encerra até a sétima ou oitava semana de vida intrauterina, e/ou do palato, que se forma até a décima segunda semana de vida intrauterina. Dessa forma, elas ocorrem em um período no qual a mãe pode ainda nem saber que está grávida. As fissuras têm causa multifatorial, o que significa que existem fatores genéticos e ambientais envolvidos.

 

Trata-se de uma doença relativamente comum ou ela é rara?

As fissuras são relativamente comuns. A prevalência aproximada é de 1 para 685 nascimentos na América Latina. Dessa forma sua ocorrência é semelhante à da síndrome de Down, por exemplo, que na América do Sul é de 1 caso para 700 nascimentos. Apesar disso, as fissuras labiopalatinas ainda são muito menos conhecidas pela população.

Publicidade