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Transtornos alimentares também exigem cuidados para crianças e adolescentes

Os transtornos alimentares não são doenças exclusivas dos adultos e podem ser desenvolvidos já no período infantil, exigindo atenção redobrada por parte de pais, responsáveis e médicos. Conheça alguns desses distúrbios, como eles se originam e como deve ser o procedimento em casos de suspeita do problema com as informações da Dra. Luiza Amélia Cabus, coordenadora do Ambulatório de Transtornos Alimentares do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (ATAH) da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

 

Quais são os distúrbios alimentares mais comuns nas crianças e adolescentes e como é possível diferenciá-los?

Os transtornos alimentares (TAs) são doenças psiquiátricas que têm início geralmente na adolescência. Eles podem ser definidos como um distúrbio persistente no comportamento alimentar ou qualquer comportamento com a intenção de controlar o peso que significativamente comprometa a saúde física ou o funcionamento psicológico e que não seja secundário a uma condição médica orgânica ou qualquer outra doença psiquiátrica. Em resumo: a intenção é controle de peso e/ou mudança da forma corporal. Um exemplo: um adolescente com depressão pode perder peso, mas seu foco não é "ser magro". Ele sabe que está magro e não acha que está gordo, dessa forma, não tem transtorno alimentar.

Existem formas chamadas clássicas da doença porque preenchem critérios médicos definidos por um manual chamado DSM-IV. São a anorexia nervosa (AN) e a bulimia nervosa (BN). Na verdade, crianças e adolescentes, assim como adultos, podem ter um TA sem ter todos os critérios diagnósticos preenchidos. São as chamadas "formas parciais", que são as mais vistas na prática clínica. Por serem "parciais", não implicam em menor gravidade.

Ainda que mais frequentes nas fases mais tardias da adolescência, tanto a AN quanto a BN têm sido diagnosticadas em idades tão precoces quanto aos 8 ou 9 anos.

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