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Crianças hemofílicas podem levar uma vida normal, aponta especialista

O Dia Internacional da Hemofilia, comemorado nesta terça-feira (17), chama a atenção para o conhecimento de uma doença de coagulação do sangue que, apesar de ainda não ter cura, pode ser controlada com diferentes tratamentos e permitir a qualquer pessoa ter uma vida normal. Além disso, o problema pode ser diagnosticado precocemente, ainda antes do nascimento da criança.

Para dar mais detalhes sobre a hemofilia e esclarecer algumas curiosidades, convidamos o médico hematologista Dr. Erich de Paula, que explica como é possível que um indivíduo portador da doença possa praticar exercícios físicos ou outras atividades que possam expor a riscos de cortes e sangramentos.

 

O que é a hemofilia e quais são os seus principais sintomas?

A hemofilia é uma doença hereditária que consiste na deficiência de um fator da coagulação. Na hemofilia A, há a deficiência do fator VIII e na hemofilia B, há a deficiência do fator IX. Para que a coagulação ocorra de forma adequada, é necessário que uma série de proteínas, chamadas "fatores da coagulação", atuem em conjunto, como em uma orquestra. A falta de qualquer uma dessas proteínas leva a problemas na formação de coágulos, expondo o paciente a sangramentos. Esses sangramentos podem ocorrer tanto após pequenos traumas ou cirurgias, quanto espontaneamente. Um aspecto peculiar da hemofilia é que os sangramentos ocorrem mais comumente dentro das articulações, especialmente em joelhos, cotovelos e tornozelos. A ocorrência de repetidos sangramentos leva a um quadro semelhante a uma osteoartrite grave, que com o tempo pode levar a limitações importantes do movimento.

A hemofilia é dividida em leve, moderada ou grave. Isso depende da quantidade de fator que a pessoa tem. Uma pessoa normal tem atividade equivalente a 100% da atividade desse fator. Quando essa atividade é menor que 1% do normal, chamamos de hemofilia grave. Entre 1% e 5%, de hemofilia moderada. E entre 5% e 40%, de hemofilia leve. Quanto menor a atividade de fator, maior o risco de sangramentos.

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