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Qualquer criança com dor abdominal recorrente deve procurar o pediatra. Cabe aos pais ou cuidadores serem bastante minuciosos sobre a história de vida da criança, da família e sobre as características da dor. Quanto mais precisas forem as informações, maiores as chances de um diagnóstico. Relate:

A) Sobre a dor: Há quanto tempo ocorre, quanto tempo dura em média, quantas vezes ocorre ao dia ou durante a semana, se a criança deixa de brincar por causa da dor, se acorda à noite com a dor, a localização da dor (se é em torno do umbigo ou não), se é acompanhada por vômitos ou dores articulares. Se há alguma correlação com a dieta.

B) Características de temperamento da criança e eventos estressantes: Timidez, perfeccionismo, problemas de relacionamento com outras crianças.

C) História familiar de doença inflamatória intestinal, doença do refluxo gastroesofágico, doença celíaca, doença da úlcera péptica etc.

Lembre-se que há muitas causas para dor abdominal recorrente na infância, como doença do refluxo gastroesofágico, doença da úlcera péptica, constipação, intolerância alimentar, doença celíaca, doença inflamatória intestinal, anormalidades anatômicas etc. Todavia, isso não se constitui em motivo de pânico por parte dos pais ou na necessidade de que sejam solicitados exames invasivos para toda criança que apresente o sintoma. É a história clínica detalhada que vai direcionar na maior parte dos casos a melhor conduta a ser adotada, desde que anormalidades ao exame físico são pouco frequentes. Exames invasivos (endoscopia, colonoscopia, tomografia, ressonância) podem ser necessários a depender de cada caso.

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