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Dor abdominal recorrente em crianças: informações precisas sobre o sintoma facilitam o diagnóstico

A dor abdominal recorrente (D.A.R.) não é um diagnóstico: é um sintoma. É definida pela ocorrência de pelo menos três episódios de dor abdominal que comprometam as atividades diárias da criança nos últimos três meses. Estima-se que ocorra em 10 a 30% das crianças, principalmente entre 5 e 18 anos de idade.

Costuma-se separar a dor abdominal de origem orgânica (há uma "doença" diagnosticada) da funcional (não há doença orgânica). Também, de forma discutível, alguns consideram dor de "origem psicológica" uma entidade separada de uma doença orgânica. É claro que qualquer criança que tenha uma doença crônica terá de alguma forma o seu psicológico afetado. Esse comprometimento comportamental pode, no entanto, ser de maior ou menor intensidade. É fácil também entender que alterações psicológicas podem gerar sintomas somáticos. Sendo mais clara: a mente não é separada do corpo.

Do ponto de vista didático, a dor abdominal recorrente é separada em dois grupos: orgânica ou funcional (não há causa orgânica definida). Estima-se que em torno de 8% das crianças avaliadas em grandes centros devido à D.A.R. apresentem uma patologia orgânica identificada. Isso não significa, porém, que a dor seja menos importante ou menos intensa e que intervenções não devam ser feitas.

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