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Qual pode ser a contribuição dos pais na busca de uma melhor evolução na fala e em outros tratamentos fonoaudiológicos?

Não só o fonoaudiólogo e a equipe multiprofissional podem intervir contribuindo para o desenvolvimento da criança com síndrome de Down, os pais têm um papel importante na intervenção da capacidade da comunicação oral e no desenvolvimento geral da criança, intervindo de modo que os resultados sejam satisfatórios na vida dessa criança especial.

Os cuidados e a estimulação que a criança recebe no ambiente familiar são muito importantes no aprendizado da fala, pois na maior parte do seu tempo a criança está com a família, que poderá colaborar acelerando o processo terapêutico se aproveitar para falar corretamente e destacar os sons trabalhados na fonoterapia em suas atividades diárias e nas brincadeiras em casa. A expectativa do meio com relação à comunicação da criança, ou seja, a maneira como é tratada, terá papel preponderante na construção e desenvolvimento da linguagem oral.

 

Seguem abaixo algumas contribuições dos pais para melhorar a fala e a linguagem:

1) Conversar com o bebê de forma clara e tranquila. Cantar músicas infantis.

2) Utilizar brinquedos sonoros para estimular a audição.

3) Responder com alegria e interesse aos sons produzidos pelo bebê.

4) A criança deve olhar para o rosto de quem estiver falando com ela.

5) Não utilizar palavras no diminutivo.

6) Aguardar a solicitação da criança, não falar por ela e não atendê-la se utilizar apenas gestos e sinais. Estimular a fala.

7) Palavras erradas não devem ser repetidas. Falar corretamente.

8) Utilizar atividades como: banho, alimentação e passeios para conversar com a criança.

9) Perguntar à criança sobre suas atividades para que ela se expresse, e ao iniciar um diálogo prestar atenção, demonstrando interesse.

10) Criar ambiente adequado para a socialização, incentivando suas atitudes e novas amizades.

11) Valorizar a comunicação da criança e incentivar novas tentativas.

12) Após o aparecimento dos primeiros dentes, oferecer alimentos sólidos para desenvolver a mastigação e adequar a musculatura orofacial.

 

 

Maria Amélia Branco Fecuri é fonoaudióloga e mestre em Ciências da Saúde do Departamento de Ciências Neurológicas da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). É responsável pela área de fonoaudiologia no projeto Ding-Down e na pediatria hospitalar do Hospital de Base – FAMERP de São José do Rio Preto-SP.

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