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Encaminhamento tardio prejudica desenvolvimento global de crianças com síndrome de Down

O profissional da fonoaudiologia tem um importante papel no desenvolvimento da comunicação de crianças com síndrome de Down e a sua orientação é recomendável não apenas para os pacientes, mas também para os pais. No entanto, para que bons resultados sejam obtidos, é necessário que a ajuda seja procurada o quanto antes. Saiba qual é o momento certo de procurar um especialista e como é possível dar contribuições para um desenvolvimento mais adequado.


No que diz respeito à comunicação, quais costumam ser as principais dificuldades enfrentadas pelo indivíduo com síndrome de Down?

A linguagem é um dos aspectos mais importantes a serem desenvolvidos por qualquer criança para que possa comunicar-se e relacionar-se com as outras pessoas e, assim, integrar-se no seu meio social. Embora nas crianças com síndrome de Down o desenvolvimento da linguagem ocorra como nas crianças-padrão, porém mais lentamente e atrasado, elas apresentam graves problemas na hora de serem compreendidas por outras pessoas. Assim, para compensar o atraso de sua comunicação oral e com o objetivo de se fazerem mais bem compreendidas pelo interlocutor, desenvolvem de modo significativo a comunicação gestual.

Essa dificuldade de comunicação oral ocorre pois o vocabulário das crianças com a síndrome não se expande tão rapidamente, por isso observa-se certa tendência em produzir frases simples com a omissão de artigos, preposições e pronomes.

Elas também apresentam alterações de fala (com trocas, omissões e substituições dos fonemas), tornando-a muitas vezes ininteligível, o que influi negativamente no desenvolvimento de sua linguagem expressiva e também na sua comunicação geral. Por conta disso, maior a dificuldade de expressão do que de compreensão.

Na síndrome de Down, há também uma alteração no ritmo da fala; a voz se apresenta muitas vezes mais rouca por diversas causas, como: o uso da laringe inadequado, a penetração de refluxo gastroesofágico na laringe ou alterações endócrinas. A falta de fluência do discurso (gagueira) também é comum nas crianças com a síndrome, o que dificulta sua inteligibilidade de fala. A audição pode ser deficiente em um considerável número de crianças com a síndrome de Down, sendo a audição um fator importantíssimo na hora de falar corretamente. Essas crianças não são capazes de perceber adequadamente os sons, prejudicando assim sua produção. Contudo todos esses aspectos são variáveis no desenvolvimento de cada criança.

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