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 Maus hábitos alimentares, estresse e genética estão entre as causas da doença   É cada dia mais comum encontrar crianças que procuram os consultórios dos pediatras com queixas de gastrite, doença que se caracteriza pela inflamação da mucosa do estômago. Além do estresse, fator de risco importante para a gastrite, há outras causas por trás da doença, como a predisposição genética, maus hábitos alimentares e uso indevido de determinados medicamentos. Como hoje as comidas prontas, congeladas e os temperos industrializados são opções práticas, muitos pais optam por elas para poupar tempo. Ricas em sódio, corantes e outras substâncias irritantes, são um perigo, ou seja, podem levar à gastrite e até a úlceras. O uso recorrente de anti-inflamatórios e de antibióticos, sem a indicação adequada, é outro agravante. Esses medicamentos possuem substâncias que podem causar lesões na mucosa do estômago. Na dúvida diante de uma enfermidade, o ideal é procurar um médico antes de recorrer a um medicamento. Assim como nos adultos, a contaminação pela bactéria Helicobacter pylori também pode explicar a gastrite. Pesquisa da Unicamp, de 2009, mostrou que o micro-organismo atinge 47,8% das crianças de famílias de baixa renda. Embora o mecanismo de transmissão desse micro-organismo não esteja completamente definido, a via oral e condições precárias de saneamento básico podem explicar o contágio. O péssimo hábito de dar colheradas para a criança com o mesmo talher do adulto e os beijinhos na boca dos pequenos são outros meios de transmissão da bactéria. Como nem sempre os menores são capazes de explicar o que sentem, é importante que os pais fiquem atentos quando ouvirem queixas de dor e desconforto abdominal, queimação, episódios frequentes de vômitos e perda de apetite. Em casos mais raros, ocorrem ainda vômitos com sangramentos.  Ilustração: Felipe Teixeira Além dos sintomas relatados acima, é importante que os pais prestem atenção na qualidade de vida dos pequenos. Isso porque crianças que sofrem com gastrite costumam evitar as atividades de rotina por causa da sensação de dor e estão sempre irritadas e indispostas. Vale lembrar, no entanto, que a dor abdominal é comum em pacientes pediátricos. A gastrite, no entanto, não é a causa mais frequente do sintoma. Por isso, o acompanhamento médico é essencial para o diagnóstico diferencial. O tratamento para gastrite pode ser feito com medicamentos específicos que reduzem a secreção ácida do estômago. Mas a mudança nos hábitos alimentares também é essencial. Quem sofre com o problema deve evitar alimentos gordurosos, apimentados, além de ácidos, como algumas frutas. O ideal é seguir uma dieta saudável e alimentar-se a cada três horas. Mas e o leite, pode atenuar os sintomas? A princípio ele ajuda a aliviar os sintomas por ser alcalinizante, diminuindo a acidez, mas com o tempo perde a capacidade devido ao efeito rebote. Ou seja, a acidez aumenta e a sensação piora.     Izaura Gonçalves Ramos Assumpção – CRM 30101 - é gastroenterologista pediátrica do Hospital Infantil Sabará.   Página 7 de 14 InícioAnterior12345678910PróximoFim    Assine nossa newsletter  Nome	 Email	  Calculadoras  IMC IMC é a sigla para

É cada dia mais comum encontrar crianças que procuram os consultórios dos pediatras com queixas de gastrite, doença que se caracteriza pela inflamação da mucosa do estômago.

Além do estresse, fator de risco importante para a gastrite, há outras causas por trás da doença, como a predisposição genética, maus hábitos alimentares e uso indevido de determinados medicamentos.

Como hoje as comidas prontas, congeladas e os temperos industrializados são opções práticas, muitos pais optam por elas para poupar tempo. Ricas em sódio, corantes e outras substâncias irritantes, são um perigo, ou seja, podem levar à gastrite e até a úlceras.

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