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Depressão em crianças e adolescentes

Os transtornos afetivos ou transtornos do humor se constituem cada vez mais em fonte de significativa preocupação para a sociedade como um todo. Descrições médicas de transtornos de humor são encontradas na literatura desde cinco mil anos atrás e vêm sendo melhor compreendidos ao longo do tempo, graças à maior experiência clínica, estudos de genética, neuroimagem e neuropsicologia, entre outros, fazendo com que a depressão se firmasse como entidade clínica e diagnóstico médico incontestável. Entretanto, muito há que ser compreendido sobre a etiopatogenia da depressão, uma vez que ela é uma doença essencialmente humana, não havendo ainda, meios plenos dela ser compreendida fora do contexto humano.

É sabido que diagnosticar depressão nem sempre é uma tarefa fácil. Muito menos quando se trata de diagnosticar depressão em crianças e adolescentes. Vive-se hoje uma era globalizada, com uma pletora de meios de informação, onde o indivíduo tem muito mais acesso as informações sobre as distintas patologias médicas, se informando mais e melhor sobre os seus sintomas. Com isso, não raro, muitos pacientes ou mesmo os pais já chegam autodiagnosticados ou com o diagnóstico pronto do filho aos consultórios. Muitos, inclusive, chegam munidos de questionários de auto-avaliação já preenchidos, que imprimem na internet ou através de revistas.

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