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Na hora de fazer qualquer tratamento dental, é essencial contar ao dentista se a pessoa é diabética, pois isso pode ajudar o odontologista a ver o que está por trás de situações bucais anormais. Mas cabe ao dentista fazer um bom exame/diálogo prévio com o paciente, inclusive sabendo sobre todos os medicamentos que ingere. "O mais importante é que o paciente esteja com seu diabetes sob controle no dia a dia, para que assim o profissional possa agir da mesma forma que agiria com outros pacientes, evitando qualquer estigmatização da pessoa por ela ser diabética, num ambiente odontológico", diz ele.

Segundo o Dr. Fernando, o dentista deve realçar a importância do bom controle glicêmico, alertando o paciente descompensado das possíveis complicações, como sangramento gengival e possíveis extrações de dentes e maior risco de inflamações gengivais que levam à perda óssea ao redor dos dentes. Além do controle glicêmico, é necessário que o paciente mantenha uma boa higiene bucal, com escovação após todas as refeições, com o uso do fio dental e limpadores de língua, que devem ser usados uma vez por dia, suavemente, limpando desde a entrada da garganta até a ponta da língua.

E de quanto em quanto tempo o diabético deve ir ao dentista? O especialista explica que, em casos bem estabilizados, de seis em seis meses. Já aqueles casos graves de difícil efetivo controle glicêmico, o recomendado é fazer um controle bucal de dois em dois meses. "Os profissionais envolvidos (médico e dentista) devem estar trocando permanentemente observações sobre o caso entre si, o que ajudará sempre a todos os envolvidos", diz ele.

 

 

Dr. Fernando Luiz Brunetti Montenegro é Mestre e Doutor pela FOUSP, Professor e Coordenador de Cursos de Especialização em Odontogeriatria no NAP Instituto e na ABO-SP. Responsável por Saúde Bucal da Casa de Velhinhos Ondina Lobo.

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