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Como é o tratamento? Existe cura?

O tratamento mais utilizado nos prolactinomas é feito através de medicações com efeito dopaminérgico, sendo a cabergolina e a bromocriptina as mais utilizadas. Esses agonistas da dopamina podem normalizar a prolactina e reduzir, ou mesmo fazer desaparecer, o tumor produtor de prolactina.

A cirurgia de hipófise realizada por cirurgião experiente pode também levar à normalização da prolactina após a ressecção total do tumor, obtendo-se assim a cura da doença. Isso é possível apenas em tumores pequenos e quando não há invasão de estruturas vizinhas.

O tratamento medicamentoso, embora deva ser mantido por tempo indeterminado, pode levar ao desaparecimento do tumor e à normalização da prolactina, mesmo após a suspensão do mesmo, em percentual significativo dos pacientes tratados, que, neste caso, poderão ser considerados “curados” pelo remédio.

 

hipofise

 

Durante o tratamento é possível engravidar sem prejudicar a formação do bebê?

Sim, embora haja risco de crescimento do tumor na gravidez, nos tumores pequenos ou naqueles que já reduziram durante o tratamento clínico, é possível engravidar em uso da medicação dopaminérgica sem prejudicar a formação do bebê. A bromocriptina é utilizada nos prolactinomas desde os anos 70 e existem muitos relatos de gestação durante seu uso sem nenhuma evidência de prejuízo para a gestação ou para o bebê. A cabergolina tem sido utilizada como droga de primeira escolha nos últimos vinte anos e, embora sem evidência de risco para a gravidez ou para o bebê, não tem sido a primeira opção em pacientes desejosas de engravidar.

 

 

Dra. Nina Musolino possui doutorado na área de Endocrinologia e Metabologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, é médica supervisora da Divisão de Neurocirurgia Funcional do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e professora colaboradora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

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