Índice deste artigo:
Quais são os sintomas?
As manifestações clínicas da síndrome de Cushing acometem vários órgãos e tecidos, não existindo especificidade dos sinais e sintomas. Na verdade, existe uma superposição dessas manifestações com outras situações clínicas, tais como a obesidade, a síndrome metabólica e a síndrome dos ovários policísticos (na mulher), especialmente em casos leves da síndrome de Cushing.
Contudo, alguns desses sintomas e condições clínicas são mais específicos da síndrome de Cushing: osteoporose, miopatia (fraqueza muscular), atrofia da pele, sintomas neuropsiquiátricos e cálculos renais. A presença desses achados em um paciente com obesidade, hipertensão arterial, diabete melito, alterações menstruais (na mulher), estrias largas e avermelhadas na pele aumenta a grau de suspeita da síndrome de Cushing.
Comumente, o quadro clínico da síndrome de Cushing tem início lento e se prolonga por vários anos até o seu reconhecimento. Por essa característica insidiosa e inespecífica dos sinais e sintomas, uma revisão recente sugeriu em que situações deveria ser pesquisada a síndrome de Cushing: obesidade abdominal com a presença de face avermelhada e arredondada; acúmulo de gordura em torno do pescoço (fossa supraclavicular e giba dorsal); atrofia da pele com fragilidade capilar; estrias violáceas largas na pele (> 1 cm); fraqueza muscular; aumento de pelos corporais na mulher com aspecto masculino (hirsutismo); micoses cutâneas; retardo de crescimento (em crianças); síndrome metabólica com diabete melito não controlado; hipertensão arterial e dislipidemia; síndrome dos ovários policísticos; hipogonadismo hipogonadotrófico, com irregularidade menstrual ou infertilidade; diminuição da libido e disfunção erétil; osteoporose, especialmente com fratura, em pacientes com menos de 65 anos de idade.
Em crianças, os sintomas clássicos da síndrome de Cushing podem não estar presentes e o ganho de peso associado ao retardo de crescimento são os achados mais proeminentes para a suspeita da síndrome.
