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Como é feito o diagnóstico?
O diagnostico é fundamentalmente clínico. Todavia, alguns exames devem ser feitos rotineiramente, sempre visando o diagnóstico precoce. Por exemplo, um simples exame de urina que é de realização extremamente fácil e de muito baixo custo, pode dar subsídios valiosos para tal diagnóstico. Também podemos dosar algumas substancias no sangue (por exemplo, a uréia e a creatinina) que vão mostrar o funcionamento renal. Entretanto, o mais importante é que a população tenha acesso a avaliações médicas periódicas, nas quais todo seu organismo é avaliado.
Qual é o tratamento?
O tratamento é o mais variado possível, ficando na dependência do grau de comprometimento da função renal. Isso porque a capacidade residual funcional dos rins é muito grande. Assim sendo, caracteriza insuficiência renal terminal, a situação em que os rins já não são mais capazes de exercer um mínimo de sua função. Nesta condição, há necessidade de iniciarmos a diálise e o preparo para o transplante renal. No entanto, quando existe comprometimento menos intenso (entre 75% e 25% de comprometimento da função) há possibilidade de várias medidas, a maioria delas visando à diminuição da velocidade da progressão da doença renal. Neste momento, é imprescindível o controle da pressão arterial, o tratamento das doenças de base como as infecções e a diabetes, administração de medicamentos como a eritropoetina (hormônio que ajuda a formação de glóbulos vermelhos), a vitamina D pura (que em última análise atua na mineralização óssea) e a intervenção nutricional com oferta da maior quantidade possível de calorias e de proteínas de alto valor biológico. Este último item é muito importante nas crianças que são seres em crescimento e desenvolvimento.
Existe prevenção?
A prevenção da DRC está intimamente relacionada ao diagnóstico precoce de suas possíveis causas, ao cuidado adequado à saúde da população, a qual deve ter acesso irrestrito aos cuidados básicos das atenções primárias, mas também as secundarias, terciárias e quaternárias de atenção à saúde.
Dr. João Tomás de Abreu Carvalhaes é Prof. do departamento de pediatria, da Universidade Federal de São Paulo, Médico do hospital São Paulo do setor de Nefrologia Pediátrica do Departamento de Pediatria.
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