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O bócio pode ocorrer em uma glândula que funcione normalmente ou estar associado às doenças que levam ao hipertireoidismo ou ao hipotireoidismo. Pode haver aumento de toda a glândula (bócio difuso) ou a formação de nódulos (bócio nodular). Esses nódulos podem ser de tamanho pequeno ou grande e únicos ou múltiplos. A maior parte deles é benigna, mas nódulos malignos, ainda que em menor proporção, também são observados.

Em todas as idades pode ocorrer doença tireoidiana: nos recém-nascidos o hipotireoidismo congênito ocorre em cerca de um caso para cada três mil a quatro mil nascimentos. Na infância e puberdade a alteração mais frequente é o bócio difuso. Nos adultos, além do hiper e do hipotireoidismo, pode-se encontrar nódulos em 4% da população. Nas grávidas, as tireoidopatias são as doenças endócrinas mais frequentes e, após o parto, 10% podem apresentar a tireoidite pós-parto, que se manifesta com hipertireoidismo ou hipotireoidismo. Nos idosos os sinais de hipotireoidismo ou de hipertireoidismo podem ser confundidos com outras alterações encontradas nesta idade e, neste grupo, a tireóide é propensa a apresentar mais nódulos.

As doenças da tireoide ocorrem em ambos os sexos, no entanto, são de 5 a 10 vezes mais frequentes nas mulheres do que nos homens. Por isso a recomendação para que se faça uma triagem para disfunção tireoidiana, através da dosagem do hormônio TSH, a partir dos 35 anos em todas as pessoas, é válida especialmente para as mulheres. Se o TSH for normal, esta dosagem deve ser repetida a cada cinco anos, ou com maior frequência, caso haja sintomas compatíveis com doença da tireóide ou existam fatores de risco, sendo o principal deles, a história de outros familiares acometidos.

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