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O enfermo relata que sente uma sensação estranha no local da mordedura. Ele reclama de excitação causada pelo roçar da roupa contra a pele. Os ruídos fortes, a luz intensa e outros estímulos visuais e auditivos são capazes de causar crises convulsivas no paciente. Nesse momento, um sintoma frequente são os espasmos dos músculos da boca e da faringe – daí o nome hidrofobia. No estágio final da doença temos lesões extensas nas células nervosas do cérebro e da medula espinhal.

Os animais, como os homens, podem apresentar raiva furiosa e paralítica.

Os animais com raiva furiosa (cachorros) estão inicialmente agitados, e então se tornam altamente excitáveis e mordem qualquer coisa dentro do seu alcance; já os animais com raiva paralítica (gatos, cavalo, boi) apresentam uma excitação mínima. O animal permanece relativamente calmo e até mesmo inconsciente em relação ao meio circundante, mas pode morder irritado se for manuseado.

As medidas necessárias para a prevenção e o controle da raiva urbana são a vacinação de cães e gatos e a eliminação de animais vadios, e a quarentena dos que são capturados deve ser conduzida com rigor. O controle e a prevenção da raiva rural se fazem através da vacinação dos animais de criação e do controle das populações de morcegos hematófagos.

Não existe tratamento específico contra a raiva, uma vez que a moléstia se inicia com a mordida. O tratamento é do tipo profilático, imediatamente após a exposição, com administração de vacina e soro. A vacinação e a soroterapia antirrábica devem seguir os postulados da Organização Mundial de Saúde.

 

 

Dr. Joeler Vargas é Mestre em Microbiologia Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2000), Doutor em Vigilância Sanitária pela Fundação Oswaldo Cruz (2006) e Pesquisador visitante da Fundação Oswaldo Cruz. Contato: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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